Por thiago.antunes

Rio - Fila quilométrica, noite mal dormida e chuva. Vale passar por qualquer sufoco para tentar uma vaga de emprego. Ontem, o cenário em volta do Sindicato das Telecomunicações (Sinttel-Rio), na Tijuca, com fila dobrando a esquina, revelava o desespero de centenas de trabalhadores em busca de oportunidade.

Primeira da fila%2C Michele levou cadeira de praia para passar a noiteSeverino Silva / Agência O Dia

A entidade abriu o espaço para o cadastro de candidatos em 600 vagas nas áreas de auxiliar de serviços gerais; auxiliar de loja; operador de Telemarketing; vendedor; motorista de ônibus; vigia e porteiro. A seleção foi promovida pela Comunidade Católica Gerando Vidas.

Houve quem chegasse um dia antes para garantir a chance de entregar o currículo. Foi o caso de Michele Galdino da Silva, 36. Desempregada há 5 meses, a moradora de Campo Grande foi a primeira da fila — estava lá desde às 12h de terça — e dormiu no local. “Faço trabalhos ‘picados’, mas preciso de carteira assinada e pagar contas e aluguel”.

A dificuldade é constatada pelos dados do Caged divulgados ontem, que mostraram que o Rio de Janeiro perdeu, em maio, 5.583 postos formais de trabalho. Ao todo foram abertas 34.253 novas vagas no país.

Você pode gostar