Por thiago.antunes

Rio - O mercado brasileiro de produção de carne está apreensivo e teme que a decisão dos Estados Unidos de embargar o produto do pais brasileiro in natura (carne fresca) seja um complicador para o setor tenha acesso a novos mercados.

Para o vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Hélio Sirimarco, a decisão do governo norte-americano impacta mais a imagem do produto brasileiro que no bolso do exportador. Outra entidade, a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), acredita que as exportações possam ser retomadas em curto prazo, com base no comunicado norte-americano.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, ontem que o governo reconhece o problema de qualidade na carne brasileira exportada aos EUA. Segundo ele, o aparecimento de abscessos na carne bovina in natura, que levou os americanos a anunciarem na quinta-feira, o embargo ao produto brasileiro, é proveniente da vacinação contra febre aftosa.

Maggi afirmou ainda que a questão será resolvida dentro dos frigoríficos brasileiros, por meio de uma nova forma de fazer os cortes da carne a ser enviada. “O embarque foi suspenso temporariamente, até que (o problema) seja resolvido”, afirmou.

O ministro acrescentou que a sua pasta já vinha trabalhando na mudança da instrução sobre como o fiscal deve atuar dentro dos frigoríficos. "Já vínhamos conversando com os EUA há mais ou menos um mês. Quero crer que a gente consiga resolver isso com rapidez”, afirmou.

De janeiro a maio deste anos, as exportações de carne in natura do Brasil para os Estados Unidos atingiram 4,68 mil toneladas, algo em torno de US$ 18,9 milhões.

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