Por thiago.antunes

Rio - Para garantir aumentar a arrecadação, o governo Temer fará motoristas pagarem mais caro pelo combustível. Nesta quinta-feira, os ministérios da Fazenda e do Planejamento informaram que as alíquotas do PIS/Cofins — que incidem sobre os preços da gasolina, diesel e do etanol —, subirão R$ 0,41, R$ 0,21; e R$ 0,19 respectivamente por litro. Com a decisão do Planalto, os donos de carros no Município do Rio vão gastar, em média, R$ 4,256 pelo litro da gasolina; R$ 3,219, do diesel; e de R$ 3,220 pelo do etanol.

Motoristas terão que arcar com aumento de preço dos combustíveisTony Winston / Agência Brasília

A expectativa da área econômica é tentar arrecadar R$ 10,4 bilhões a mais neste ano. Mesmo assim, ainda será necessário cortar R$ 5,9 bilhões em despesas para fazer frente ao rombo no Orçamento sem colocar em risco o cumprimento da meta fiscal, de déficit de R$ 139 bilhões. As medidas anunciadas pretendem ajudar o governo em R$ 16,3 bilhões para o alcance da meta fiscal. O presidente Michel Temer já assinou o decreto que eleva as alíquotas e será anunciado nesta sexta.

De acordo com o governo, o aumento do PIS/Cofins do etanol será menor, passando de R$ 0,1200 por litro para R$ 0,1309 por litro, ou seja alta de R$ 0,19, com impacto de apenas R$ 114,90 milhões na arrecadação. Na distribuição do etanol, o PIS/Cofins estava zerado. A receita esperada de R$1,152 bilhão ainda este ano.

A alíquota do PIS/Cofins para a gasolina mais que dobrará, passando dos atuais R$ 0,3816 por litro para R$ 0,7925 por litro A estimativa de arrecadação com o aumento é de R$ 5,191 bi até o fim do ano. Já a alíquota para o diesel subirá de R$ 0,2480 para R$ 0,4615, com reforço de receitas de R$ 3,962 bilhões ao Tesouro até o fim do ano.

“O aumento das alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis é absolutamente necessário tendo em vista a preservação do ajuste fiscal e a manutenção da trajetória de recuperação da economia brasileira”, afirmou a nota das pastas. A ampliação do corte ocorre em meio às reclamações de diversos órgãos que estariam estrangulados pela falta de recursos. 

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