Por thiago.antunes

Brasília - O comércio varejista de todo o país deve aumentar neste ano entre 4% e 5,5% e, consequentemente, isso levará a uma expansão dos postos de trabalho temporário de final de ano, segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). A entidade espera obter no Natal um crescimento de 2% e faturamento de R$ 34,3 bilhões, 4,3% superior a 2016, após uma sequência de estabilidade e resultados negativos.

Associação de shoppings espera um crescimento de 2% no NataArquivo / Valter Campanato / Agência Brasil

A previsão é de que ocorra um aumento de 5,5% nas contratações de pessoal em comparação a 2016 e uma elevação de 7% no salário médio (R$ 1,2 mil). Só no período de novembro a dezembro, deverão ser gerados em torno de 115 mil empregos temporários – dessas vagas, de 60 a 70 mil se concentram no comércio e 10 mil no segmento de serviços. “E uma boa parte dessas vagas em shopping centers”, ressalta nota da Associação.

Dos 115 mil empregos, estima-se que entre 25 e 27% conseguirão permanecer no trabalho, percentual bem superior ao ano passado, quando apenas 15% dos temporários passaram a fazer parte do quadro efetivo.

Novas regras favorecem contratação

O presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, observou que as contratações pela Lei 13.429/2017, do trabalho temporário, aumentam a expectativa de admissões. “Antes, não poderíamos contratar temporários por horas determinadas, como em horários de pico. Agora, teremos uma situação bem melhor”, afirmou.

O economista Marcelo Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo, concorda que a mudança na legislação estimula o empresário a contratar mais. “Além daquela modalidade do contrato de temporários, tem outras modalidades de contrato que podem ser utilizadas também para reforçar o quadro de funcionários no final do ano, como o contrato intermitente que pode ser por algumas horas por dia, ou alguns dias por semana”, observou.

Ele vê a possibilidade de um avanço também dos casos de efetivação diante das previsões de aumento no faturamento. “Estamos longe de voltar aos melhores anos de 2010, 2014, mas o primeiro passo para crescer é parar de cair e já chegamos neste ponto”.

Os comerciantes também esperam vender mais por conta da circulação de dinheiro disponibilizado pelo governo federal via PIS/Pasep, o equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

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