Nesta segunda-feira o dólar teve sua maior alta desde 20 de julho
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Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - O dólar teve sua terceira alta consecutiva nesta terça-feira, após tensões no cenário exterior e incertezas provocadas pelas eleições no Brasil  A moeda americana chegou a ser negociada acima de R$ 3,95 pela manhã, mas reduziu o ritmo e fechou em R$ 3,9142, com alta de 0,29%. No acumulado da semana, o avanço do dólar sobre o real foi de 4,23%.

Novos desdobramentos da crise na Turquia e a repercussão de uma pesquisa eleitoral levaram a moeda americana às máximas pela manhã. Em contrapartida, novos sinais de aproximação entre Estados Unidos e China trouxeram alívio às cotações à tarde, quando a divisa tocou as mínimas. Traduzindo em números, o dólar "spot" oscilou em um intervalo de 4 centavos, entre a máxima de R$ 3,9528 (+1,28%) e a mínima de R$ 3,9132 (+0,26%).

Com a agenda de indicadores e eventos esvaziada e as atenções bastante concentradas na corrida eleitoral, sobrou espaço para a cautela do investidor com eventos futuros. Essa prudência, dizem os analistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, contribuiu para travar as cotações do dólar em diversos períodos do dia.

Na noite de hoje ocorre o debate entre presidenciáveis na RedeTV!. Na semana que vem serão divulgadas pelo menos três grandes pesquisas eleitorais de abrangência nacional. Na segunda-feira serão conhecidas as pesquisa CNI/Ibope e CNT/MDA. Na quarta será a vez do levantamento do Datafolha.

"O mercado esteve parado em boa parte do dia. Os compradores não entraram, devido ao valor elevado da moeda. E quem poderia vender preferiu aguardar. Isso travou o mercado, que aguarda definições tanto no cenário externo como no interno", disse Marcos Trabbold, gerente de operações da B&T Corretora.

O operador Hideaki Iha, da Fair Corretora, confirmou o "travamento" do mercado, em meio a um ambiente de indefinição do cenário político e liquidez reduzida. Ele afirma que o ambiente é de elevada sensibilidade do mercado ao noticiário político. "Os investidores operam com 'tiro curto', em um mercado pequeno e sensível ao noticiário. Qualquer oscilação mais brusca, para cima ou para baixo, pode gerar prejuízos, e é isso o que o investidor quer evitar", disse.

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