Juros de crediário e empréstimo são balizados pela Selic - Reprodução
Juros de crediário e empréstimo são balizados pela SelicReprodução
Por O Dia

Rio - Nada muda nos juros nos próximos 45 dias. Nesta quarta-feira o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu manter a taxa básica (Selic) em 6,5% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado financeiro. A Selic é a taxa básica de juros da economia e serve como referência para todas as demais cobradas de famílias e empresas.

Quando a inflação está alta ou indica que vai ficar acima da meta, que este ano está em 4,5%, o Copom eleva a Selic. Por conta disso, os juros cobrados pelos bancos tendem a subir, encarecendo financiamentos, empréstimos, cartão de crédito, por exemplo, e freia o consumo ao reduzir o dinheiro em circulação na economia. Com isso, a inflação cai.

O Comitê reduz os juros quando avalia que as perspectivas para a inflação estão em linha com as metas determinadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A taxa é mantida quando o Copom identifica o cenário vigente como positivo, mas identifica possíveis riscos para o cumprimento da meta de inflação no futuro, que exigem cautela.

Tanto o mercado financeiro quanto o BC avaliam que o comportamento da inflação ao longo de 2018 indica que o índice encerrará o ano ligeiramente abaixo da meta central, em torno de 3% e 6%. Diante desse cenário e levando em consideração que as decisões do Copom demoram cerca de seis meses para causarem pleno efeito na economia, a definição da Selic já começa a levar em consideração as perspectivas para 2019.

Para o ano que vem, a meta de inflação é de 4,25%, podendo variar entre 2,75% e 5,75%. No último relatório Focus, pesquisa semanal do BC, os analistas financeiros estimaram uma inflação de 4,11% em 2019.

Você pode gostar
Comentários