Jair Bolsonaro em vídeo exibido a apoiadores em São Paulo, neste domingo  - Reprodução vídeo
Jair Bolsonaro em vídeo exibido a apoiadores em São Paulo, neste domingo Reprodução vídeo
Por O Dia

Rio - O candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou neste domingo que fará uma "faxina nunca vista na história" e que os "marginais vermelhos serão banidos do país", em referência aos seus adversários, em vídeo exibido em telão na Avenida Paulista durante ato a favor de sua candidatura em São Paulo.

"Perderam ontem, perderam em 2016 e vão perder a semana que vem de novo. Só que a faxina agora será muito mais ampla. Essa turma, se quiser ficar aqui, terá que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão para fora ou vão para cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria", declarou Bolsonaro, em referência aos eleitores que apoiam Fernando Haddad (PT), seu adversário no segundo turno na corrida presidencial.

Manifestantes a favor do capitão reformado foram às ruas neste domingo para defender o candidato, um dia após protestos contra Bolsonaro, como já havia acontecido no primeiro turno, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, entre outras. 

“Essa pátria é nossa. Não é dessa gangue que tem uma bandeira vermelha e tem a cabeça lavada”, disse o candidato, que voltou a falar sobre corrupção. "Seu Lula da Silva, se você estava esperando o Haddad ser presidente para assinar o decreto de induto. Vou te dizer uma coisa: 'Você vai apodrecer na cadeia. E brevemente você terá Lindbergh Farias (senador do PT) para jogar dominó no xadrez. Aguarde, o Haddad vai chegar aí também. Mas não será para visitá-lo, não, será para ficar alguns anos ao teu lado”, afirmou.

Bolsonaro também disse durante a transmissão que quer tipificar como terrorismo as atividades dos Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). 

“Bandidos do MST, bandidos do MTST, as ações de ações serão tipificadas como terrorismo. Vocês não levarão mais o terror ao campo ou às cidades. Ou vocês se enquadram e se submetem às leis ou vão fazer companhia ao cachaceiro lá em Curitiba”, ameaçou. 

O candidato também falou sobre suas ações na área de segurança pública: "Vocês, petralhada, verão uma Polícia Civil e Militar com retaguarda jurídica para fazer valer a lei no lombo de vocês."

Bolsonaro acsou o jornal Folha de São Paulo de ser "a maior fake news do Brasil", ameaçando a organização com o fim de verbas publicitárias caso venha a ocupar a Presidência da República.

"Conclamamos a todos vocês que continuem mobilizados e participem ativamente por ocasião das eleições do próximo domingo, de forma democrática. Sem mentiras, sem fake news, sem Folha de S. Paulo. Nos ganharemos esta guerra. Queremos a imprensa livre, mas com responsabilidade. A Folha de S. Paulo é o maior fake news do Brasil. Vocês não terão mais verba publicitária do governo. Imprensa livre, parabéns; imprensa vendida, meus pêsames", declarou.

Na semana passada, uma reportagem do jornal denunciou um suposto esquema de disparo em massa de mensagens no WhatsApp. De acordo com a publicação, empresários estariam contratando esses serviços para beneficiar a campanha do presidenciável, com contratos de até R$ 12 milhões.

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