Por thiago.antunes

Rio - A 37 dias das eleições, os candidatos ao governo do Rio intensificaram suas campanhas de rua pelo estado. Candidato à reeleição, o governador Luiz Fernando Pezão fez ontem caminhada em Resende, onde prometeu manter a política de incentivos fiscais para o setor automotivo.

“Nós demos incentivos a todas essas montadoras que estão por aqui, e o que a gente precisar fazer, nós vamos fazer para continuar a ter essa atividade econômica tão forte no sul do estado”, afirmou o governador.
Em reunião na Pavuna, o candidato do PR, Anthony Garotinho, disse que demitirá todos os profissionais do Detro, caso seja eleito. A volta de Kombis e vans às ruas é uma das bandeiras defendidas pelo candidato e um tema explorado com frequência para ataques à atual gestão. O Detro é a autarquia do governo estadual responsável por normatizar e fiscalizar o transporte rodoviário intermunicipal.

Pezão fez caminhada no calçadão de Campos Elísios%2C em ResendeDivulgação

“Se eleito, vou demitir todos os funcionários do Detro, que hoje só fazem perseguir os motoristas das vans. Apreendem as vans por conta de qualquer mínimo problema, mas não usam o mesmo rigor com os ônibus. Vocês viram que dediquei todo o meu programa eleitoral para tratar do assunto”, disse Garotinho.

Durante caminhada pelo centro do Rio, o senador Marcelo Crivella, candidato do PRB, anunciou a criação do “Minha Casa Minha Vida para PM”, um programa que vai oferecer coletes à prova de bala e tíquete de alimentação para todo o efetivo policial. Em visita nesta quinta-feira ao Complexo do Alemão, o candidato do PT ao governo, senador Lindberg Farias, afirmou que sua candidatura é uma “alternativa de mudança”. “ Nossa candidatura vai ter essa cara da alternativa, de um novo rumo na política do Rio.”

Candidato aceitou vinda de tropas fedeiras

Um dia depois de o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ter decidido solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o envio da Força Nacional para dar proteção às eleições em áreas de risco do Rio, o governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão, afirmou ontem que não irá se opor ao pedido de reforço de segurança feito pela corte.

“Não será a primeira vez nestes sete anos e meio de governo que pedimos ajuda. Não temos a ilusão de que o problema está 100% resolvido”, disse Pezão. Anteontem, o TRE aprovou o envio de tropas para o Rio, com base em relatório da Secretaria de Segurança, que apontou 41 comunidades onde a campanha estaria sob ameaça da milícia e de traficantes. Dez das comunidades têm UPPs.

Antes da decisão do TRE, o governador Pezão havia se manifestado contra a necessidade de tropas federais para garantir as eleições. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, também se posicionou contra o reforço. Além do pedido da Força Nacional, a Justiça Eleitoral do Rio determinou também a criação de comissão para acompanhar as denúncias de agremiações, candidatos e eleitores sobre a ação de grupos criminosos.

Você pode gostar