Por bianca.lobianco

Rio - O governador e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB) aproveitou o domingo para fazer campanha na Zona Oeste. Ao lado do prefeito Eduardo Paes pelo segundo dia consecutivo, o governador visitou Sepetiba, Inhoaíba, Padre Miguel e Realengo. “Ninguém tem a utopia de que resolveu tudo. Mas a gente vai continuar a trabalhar em parceria com a prefeitura e o governo federal”, afirmou o governador.

Lindberg Farias (PT) fez carreata pelas ruas de Nova Iguaçu, cidade da qual foi prefeito duas vezes, e voltou a criticar a falta d’água na região. “Se eleito, vou resolver esse problema com R$ 500 milhões. A Cedae abandonou a Baixada. O governo atual não olha para essa situação”, indicou Lindberg.

Marcelo Crivella (PRB) também fez campanha na Baixada Fluminense. Ele fez caminhadas ao lado de sua militância em Duque de Caxias, Mesquita e Nilópolis. Já Anthony Garotinho (PR) não teve programação de rua e participou de reuniões com sua equipe de campanha.

Pezão pede cautela

Pezão pediu cautela ao comentar ontem a denúncia de envolvimento do ex-governador Sérgio Cabral em possível esquema de corrupção da Petrobras. Cabral foi um dos citados por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, como um dos beneficiados do desvio de verbas para políticos e partidos. “Por enquanto, não vi nada contra qualquer pessoa que a desabonasse”, afirmou Pezão sobre as denúncias.
Ele disse ser necessário esperar as investigações da Justiça. “Tem que ter muita tranquilidade e esperar. Cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém”.

Pezão e Eduardo Paes fizeram campanha na Zona Oeste do RioDivulgação

O governador disse estar “surpreso” com as denúncias e ressaltou a influência das eleições sobre o caso. “Acho que surpreende o próprio presidente Lula e a presidenta Dilma. No momento eleitoral, tudo toma velocidade maior. É preciso ter tranquilidade para analisar as denúncias e dar direito de defesa para as pessoas”.

Quando era diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa tinha contato com secretariado do governo estadual porque era responsável pelo Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), que é construído em Itaboraí. Em 2010, com o então presidente Lula e Sérgio Cabral, Costa festejou a “economia de R$ 2,5 bilhões” na construção do complexo. A obra, anunciada há oito anos, já têm previsão de gastos de US$ 13,5 bilhões (R$ 30,24 bi) e previsão de inauguração apenas em 2016. 

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