Por bferreira

Rio - Com 36% das intenções de voto no país, a presidenta Dilma Rousseff (PT) arrebata os votos dos mais pobres, menos escolarizados e os mais velhos. Já Marina Silva (PSB) é a candidata da juventude e das classes com maior renda e estudo. As conclusões são do detalhamento da pesquisa Ibope divulgada na terça-feira, que mostra a intenção de voto de acordo com religião, faixa etária, renda, escolaridade e região do país.

Nos recortes de renda e escolaridade, Dilma lidera com dez pontos percentuais acima da média nacional na faixa da população que ganha até um salário mínimo. No quesito escolaridade, Dilma se distancia 30 pontos de Marina entre os que estudaram até a quarta série. A presidenta aparece com 51% das intenções de voto, enquanto a ex-senadora com 20%.

Marina é a preferida de eleitores com ensino superior, com 37%. Nesta faixa, Dilma cai para terceiro lugar, com 22% atrás até de Aécio Neves (PSDB), com 26%.

Na distribuição geográfica dos votos, o Nordeste continua sendo um forte reduto eleitoral do PT. No Sudeste, região que concentra os três maiores colégios eleitorais do país, as duas estão praticamente empatadas numericamente. Marina tem 31% e Dilma aparece com 30%.

O recorte da religião não traz surpresas. Enquanto Marina, fiel da Assembleia de Deus, lidera entre os evangélicos, Dilma tem a preferência dos católicos.

A disputa entre as duas também é polarizada no critério de faixa etária. Marina, que costuma evocar os anseios dos protestos de junho em sua campanha, é mais querida entre os jovens com até 24 anos. Entre os mais velhos, Dilma tem vantagem elástica. Dos eleitores com mais de 55 anos, 42% dos votos estão com a petista, enquanto Marina tem 24%.

Presidenta nega que irá mudar o 13º e o FGTS

A presidenta Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem que não irá cortar direitos dos trabalhadores “nem que a vaca tussa”. A candidata à reeleição falou sobre o tema em um encontro com comerciantes em Campinas.
“Eu não mudo direitos na legislação trabalhista: lei de férias, 13º, Fundo de Garantia, hora extra, isso eu não mudo nem que a vaca tussa, me desculpe a expressão”, afirmou a petista. Ela admitiu que pode alterar leis trabalhistas, mas disse que não irá reduzir direitos em um eventual segundo mandato.

No encontro, Dilma prometeu agilizar os processos de abertura e fechamento de empresas. “Temos o compromisso de assegurar que esse tempo seja reduzido, que saia de cem para, em alguns casos, cinco dias”, disse.

A presidenta também prometeu criar um regime de transição tributária para os empresários do Simples Nacional que crescerem e deixarem de se enquadrar na modalidade. Dilma se comprometeu a enviar um projeto de lei para o Congresso até novembro. “ O futuro é encerrar o abismo tributário. O futuro é fazer com que cada micro e pequena empresa tenha chance de passar para o patamar seguinte”, disse.

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