Rio - Com dificuldade de conquistar o eleitorado nordestino, segundo pesquisas de intenção de voto, o candidato Aécio Neves (PSDB) pediu uma ‘força’ ao cearense Padre Cícero para chegar ao segundo turno na disputa pela Presidência da República. O tucano esteve neste domingo na Feira de São Cristóvão, onde cantou com repentistas e almoçou baião de dois. Ao visitar o Museu da Religiosidade Luiz Gonzaga, olhou para a estátua de ‘Padim Ciço’ e clamou: “Sua bênção, Padre Cícero. Me ajuda aí!”.
Durante o ato de campanha, Aécio aproveitou para atacar as adversárias Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB). “É vergonhosa a governança que deixaram acontecer na Petrobras. São denúncias atrás de denúncias. Agora, diz o delator que existem outros diretores envolvidos. Vamos investigar com profundidade, até para que não haja injustiça”, disse, ao lado do primo e senador Francisco Dornelles (PP), também delatado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.
Aécio prosseguiu com as críticas. “Dilma fracassou em todas as áreas. Deixou como legado a inflação alta e a perda de credibilidade. Do outro lado, tem uma candidata que eu respeito pessoalmente, mas que não se preparou para a disputa”, disse, referindo-se a Marina. “O seu programa apresenta um conjunto de incoerências que a todo dia se avolumam. Seu candidato a vice (Beto Albuquerque) fez referência à necessidade de aumentar o desmatamento no cerrado, ao contrário do que Marina tem dito, que a meta de desmatamento é zero.”
Durante as duas horas em que permaneceu na feira, Aécio atraiu a curiosidade de comerciantes e frequentadores e dividiu as atenções com o cantor e compositor Raimundo Fagner. O artista gravou peça de campanha que será usada na propaganda de televisão do tucano. Enquanto experimentava o tradicional chapéu de cangaceiro, numa das lojas do centro cultural, uma mulher elogiou a aparência de Aécio e pediu ao marido que tirasse uma foto dos dois. “Se bato essa foto, você dorme sozinha hoje”, respondeu, invocado.
