Por felipe.martins

Rio - Criado em 1999 na gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o fator previdenciário foi um dos temas da entrevista que o candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves concedeu na manhã desta terça-feira (23) ao telejornal Bom Dia Brasil, da TV Globo. Apesar das comemorações da Força Sindical, uma das centrais que apoia sua campanha ao Planalto, Aécio esclareceu que não irá extinguir o fator previdenciário e que apenas assumiu debater alternativas a ele.

"Eu não disse que vou acabar com o fator previdenciário. Eu me reuni com as centrais sindicais, em especial com a força sindical, e assumi o compromisso de discutirmos uma alternativa ao longo do tempo ao fator previdenciário".

Questionado sobre as comemorações da central, que daria como certa a extinçãodo mecanismo, Aécio relativizou: "É verdade [a comemoração], o que eles [sindicalistas] querem é a verdade. O que eles querem é um presidente que se sente à mesa e discuta altenativas, discuta caminhos. Até porque esse governo virou de costas para os trabalhadores. O que eu assumi com eles foi um compromisso 'olho no olho' de vamos caminhos para que o impacto do fator previdenciário possa ser minorado. Acabar com o fator previdenciário sem colocar algo no lugar seria uma leviandade. Jamais isso foi dito", esclareceu.

Aécio esclareceu que apenas assumiu debater alternativas ao fator previdenciárioFoto%3A André Mourão / Agência O Dia

O fator previdenciário foi criado com o objetivo de equilibrar as contas da previdência fazendo com que os trabalhadores tenham que contribuir por mais tempo para o INSS, mas com o ônus de receber benefícios inferiores aos que ganhava antes da aposentadoria.

Aécio reconheceu que o fator previdenciário impacta as aposentadorias e, sobre os beneficiários do INSS que se aposentaram sob a vigência do mecanismo, comentou que "se nós encontramos o caminho que minore, que diminua as perdas dos aposentados, eles serão beneficiados daqui por diante".

Educação

Durante a entrevista, o tucano também foi questionado sobre o programa social Poupança Jovem, proposta contida em seu programa de governo que deve ser ampliada a todo o País. O senador mineiro foi questionado sobre por que o programa só atingiu 1% dos municípios do estado de Minas Gerais, governado a quase 12 anos pelos tucanos.

"Esse programa é feito para as regiões mais adensadas, onde há uma maior evasão escolar. Eu vou dar os números: a meta é que em 2016 nós chegássemos a 10% dos alunos do ensino médio. Sabe quanto nós já estamos? 8,9%. Até o final desse ano nós vamos chegar na meta estabelecida quando eu criei o programa em 2007. Isso foi uma leitura apressada de um jornalista que fez a matéria. Cento e vinte mil jovens já receberam o benefício", minimizou.

Você pode gostar