Por thiago.antunes

Rio - Os correligionários de Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Anthony Garotinho (PR) quase se enfrentaram na noite desta quarta-feira, no calçadão de Bangu. Houve bate-boca, empurra-empurra e troca de ofensas durante o ato de campanha do governador e candidato à reeleição. Pezão disse que a atitude dos cabos eleitorais de Garotinho, que o cercaram e iniciaram a provocação, reflete o ‘desespero’ do adversário, por conta da pesquisa do Ibope anteontem que o coloca na liderança da corrida ao Palácio Guanabara. Procurada, a assessoria de Garotinho informou que o candidato se pronunciará hoje sobre a declaração.

Tudo começou às 17h30, quando cerca de 40 cabos eleitorais de Garotinho se reuniram no local onde estava marcado o ponto de encontro para a caminhada de Pezão, na esquina da Avenida Ministro Ary Franco com a Rua Sul América. Dois carros de som da campanha de Garotinho também estacionaram no calçadão para competir em altura com os outros dois do peemedebista. Uma hora depois, com a chegada de Pezão, os cabos eleitorais de Garotinho o cercaram e, em coro, chamaram-no de ‘ladrão’.

Apesar do clima tenso%2C Luiz Fernando Pezão (PMDB) fez campanha no Calçadão de Bangu e classificou as provocações de ‘desespero’Carlo Wrede / Agência O Dia

Militantes e seguranças do governador fizeram um cordão de isolamento, e o clima ficou tenso. “Me empurra de novo, que dou com a bandeira na sua cara”, ameaçou um partidário de Pezão a um seguidor de Garotinho que tentava furar o bloqueio e se aproximar do peemedebista.

Quando Pezão subiu a escada rolante que corta a linha férrea, cabos eleitorais de Garotinho utilizaram a outra escada, que estava parada, para ganhar tempo e chegar perto do governador. A correria na escada rolante com defeito prejudicou passageiros e pedestres que estavam descendo da plataforma. Ao fim da caminhada, partidários de Garotinho comentavam: “Não teve nem uma briguinha hoje.”

Pezão atribuiu a atitude dos seguidores de Garotinho à última pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Ibope. “Os adversários estão desesperados. Achavam que eu não passaria de 10%. Teve um, há vinte dias, que falou que ganharia no primeiro turno”, disse, referindo-se a Garotinho. “Me entristece ver o nível a que meus adversários chegaram nesta campanha.”

Os cabos eleitorais das duas campanhas para governador ficaram frente a frente no Calçadão de BanguCarlo Wrede / Agência O Dia

Lindberg pede bênção a pastor

Um dia depois da divulgação da pesquisa do Ibope, onde oscilou de 9% para 8% nas intenções de voto para o governo do estado, o senador Lindberg Farias (PT) levantou cedo para fazer corpo a corpo na zona portuária do Rio. À tarde, o petista foi para Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde recebeu uma bênção, em praça pública, de um pastor evangélico.

Acompanhada por cabos eleitorais e curiosos, a bênção foi dada por Daniel Oliveira, pastor auxiliar da Assembleia de Deus de Coelho da Rocha, e durou poucos minutos. Lindbergh ficou de braços erguidos e olhos fechados. Já o senador e candidato ao governo do Rio, Marcelo Crivella (PRB), andou por 40 minutos por Bangu. Lá, prometeu tirar dinheiro de propaganda para investir na saúde. “Proponho tirar os atuais R$ 300 milhões que o governo gasta hoje com autopromoção e propaganda e investi-los na saúde”, disse.

Você pode gostar