Por bferreira

Rio - O coordenador da área econômica da campanha de Aécio Neves (PSDB), Armínio Fraga, foi alvo de ataques da campanha de Dilma Rousseff na noite de ontem. No programa petista, uma fala de Fraga sobre a redução do papel dos bancos públicos é destacada. Logo em seguida, Dilma aparece afirmando que a Caixa, o Banco do Brasil e o Fies são responsáveis pela viabilidade de vários programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida e o Fies. “O Brasil não pode voltar ao tempo em que era governado por uma elite para uma elite”. Ao falar de economia, Dilma afirma que o país não precisa mais “se humilhar diante do FMI”, em referência ao governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB)Divulgação / Agência Brasil

A propaganda de Aécio foi focada nos apoios recebidos pelo tucano no fim de semana - da família de Eduardo Campos e de Marina Silva. Nela, o tucano diz que Marina “não pediu cargos” em um eventual governo e reafirma compromissos exigidos pela ex-senadora, como o fim da reeleição e a sustentabilidade. No horário eleitoral da tarde, o programa explora o tema da inflação e ironiza a sugestão do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, de que a população substitua a carne vermelha por frango e ovos para fugir da inflação.

Ontem, Dilma classificou a declaração de Holland como “infeliz”. “As pessoas têm direito de comer carne, frango e ovos. O que garante que o brasileiro vai comer proteína é o aumento do emprego. A frase é infeliz porque não reflete o que fizemos no país”, disse a presidenta, em coletiva em Brasília. Aécio esteve em Curitiba com o governador reeleito Beto Richa (PSDB) e agradeceu o apoio de Marina. “O segundo turno é exatamente isso, forças políticas que têm projetos distintos, mas que têm como objetivo maior, no seu ponto de convergência, e se somam” disse.

Região Serrana é destaque

A tragédia na Região Serrana em 2011 foi explorada por Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB) na propaganda eleitoral exibida na noite de ontem na televisão.

O governador Pezão mostrou imagens de visita a Nova Friburgo nas quais fala sobre sua atuação na tragédia. “Fiquei 36 dias direto aqui”, relembra, dizendo que ajudou a retirar pessoas da lama nos deslizamentos.

Já o programa de Marcelo Crivella acusa o governo de omissão na ajuda às vítimas da tragédia e explora o depoimento de pessoas que perderam suas casas. Na inserção, afirma-se que o governador mentiu ao dizer que a situação na região “está resolvida”.

A campanha de Crivella destaca também o apoio de Lindberg Farias (PT). O senador petista aparece em um depoimento acusando a campanha rival de esconder o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

A inserção termina com um clipe com imagens do Rio de Janeiro, em que Crivella canta uma música em homenagem à cidade. Os versos finais pedem a bênção de Deus para o Rio. “Deus, não se esqueça da gente”, diz o último verso da canção.

A propaganda de Pezão exibida ontem se inicia com o governador associando Crivella ao Bispo Edir Macedo e acusando o oponente de misturar “política, negócios e religião”. O programa ressalta ainda a atuação de Pezão quando era prefeito de Piraí e os investimentos na Baixada Fluminense.

Você pode gostar