Por cadu.bruno

Rio - A Polícia Militar do Rio colocou nas ruas, desde sexta-feira, cerca de 35 mil homens no esquema especial para garantir a segurança das eleições. Neste domingo, dia da votação em segundo turno para governador e presidente, serão empregados 20.788 policiais, nos 5.418 locais de votação de todo o estado.

FOTOS: PM faz demonstração de segurança para eleição

Também na sexta, um contingente da Marinha foi enviado do Estado do Pará para atuar como reforço à Força de Pacificação no Complexo da Maré. Pela manhã, em Belém, 110 militares embarcaram em um voo com destino ao Rio. O Complexo da Maré está ocupado pelas Forças Armadas desde abril e só deve deixar a região no fim do ano, quando está prevista a inauguração das UPPs. Apesar da ocupação, uma guerra entre facções registra confrontos quase diários na Maré.

Policiais do Batalhão de Choque apresentam esquema para o domingoMárcio Mercante / Agência O Dia

O esquema especial da PM para o segundo turno terá agentes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), do Batalhão de Choque (BPChoque), do Batalhão de Ações com Cães e do GAM (Grupamento Aeromarítimo). As equipes deixaram a sede do BPChoque no início da tarde e se dividiram em regiões estratégicas da cidade.

Do total do efetivo, 455 PMs foram deslocados para serviço à disposição do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e 212 a serviço do Ministério Público.

Às vésperas do primeiro turno das eleições, áreas que contam com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foram alvos de ataques de bandidos. Na quarta-feira, contêineres que servem como base da UPP do Lins de Vasconcelos foram incendiados por criminosos depois de um intenso confronto entre PMs e criminosos que atuam na região. Os atos de violência começaram ainda na noite de terça.

No último dia 17, um policial militar foi assassinado no Morro da Mangueira. No dia seguinte, confrontos entre a polícia e traficantes do Morro de São Carlos, no Centro, deixaram dois policiais feridos.Também houve ataques a duas bases da UPP do Lins, no último dia 14, em represália à prisão de um homem.

No dia da votação do primeiro turno, policiais militares da UPP Camarista Méier, também no Lins, trocaram tiros com criminosos perto da Estrada Grajaú-Jacarepaguá. Um dia depois, um PM foi baleado na cabeça.

No dia 7, PMs trocaram tiros com criminosos no Lins, em uma operação com mais de 200 homens da polícia, que deixou as escolas da região sem aulas por dois dias.

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