Por thiago.antunes

Rio -Derrotado para o governo do estado, o PT começa a se preparar para disputar a prefeitura do Rio em 2016. A dois anos do pleito, O DIA apurou que o partido trabalhará em três frentes: lançar o atual vice-prefeito Adilson Pires, esperar para ver se o PMDB lançará candidato apoiado por Eduardo Paes ou propor aliança a Marcelo Freixo (Psol), candidato em 2012 e deputado estadual mais votado no estado.

Pires garante que será o candidato. A favor dele estão sua atuação como coordenador da campanha da presidenta Dilma Rousseff no Rio e sua ação para definir os quatro palanques por onde ela passou. “Fui um equilibrista”, resume ele, elogiado por caciques da legenda. “Rui Falcão (presidente nacional do PT) gosta muito dele. Lula também”, aponta um importante quadro petista em São Paulo.

“Dilma e Paes já sabem que serei candidato. É natural”, argumenta o vice-prefeito, que garante ter apoio da maioria do diretório municipal e não temer eventual pressão contrária de Washington Quaquá, presidente estadual do PT. “Eleição municipal é decidida pelo diretório municipal, que está comigo.” Os diretórios se reunirão na próxima semana.

Presidente do PT%2C Washington Quaquá defende o apoio ao deputado Marcelo Freixo (Psol) nas eleições de 2016Divulgação

Marcelo Freixo é o nome preferido de parte da militância e encheu os olhos dos petistas ao aparecer na campanha de Dilma Rousseff no segundo turno. Quaquá se posiciona como um possível “cabo eleitoral” interno. “Temos que construir uma frente de esquerda. Freixo é um bom nome”, afirma Quaquá. Ele minimiza a candidatura ‘lançada’ pelo correligionário Adilson Pires. “A posição dele vale tanto quanto a de qualquer militante.”

O prefeito Eduardo Paes (PMDB), ferrenho defensor de Dilma, saiu do segundo turno de “bola cheia” com setores do PT. Como ele enfrentará resistências em seu partido para lançar seu sucessor — o seu candidato é o deputado federal Pedro Paulo —, petistas querem esperar o que o prefeito vai fazer caso seja derrotado. “Se ele mudar de partido, abrem-se possibilidades”, avalia Washington Quaquá.

Freixo acompanha o debate a distância e garante que apoiar Dilma não foi moeda de troca. “O PT é importante, mas precisa resolver 2015 primeiro. O meu 2015 será percorrendo e debatendo a cidade”, afirma, já colocando seu nome para 2016.

Reportagem de Leandro Resende

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