Brasília - De volta ao Brasil e à Seleção para a disputa do amistoso de amanhã, contra a Austrália, no Mané Garrincha, Neymar já tem muito o que contar sobre o início de sua vida na Espanha, curtindo o ambiente no Barcelona e a convivência com o craque Messi em pouco mais de um mês no clube catalão.
“Minha vida lá está mais tranquila. Tenho tido mais liberdade do que tinha aqui. É outra cultura, outro idioma, que já estou falando um pouco”, afirmou o craque.
Sobre Messi, Neymar é só elogios. “O Messi sempre foi um dos meus ídolos, ainda mais agora conhecendo. Tem que respeitar muito, não é pouco não. Ele foi o melhor do mundo quatro vezes seguidas e pode ser pela quinta vez nesse ano. A convivência está sendo fantástica. Estou aprendendo muito. Ele é um cara que brinca com todo mundo. Está sendo maravilhoso”, comentou Neymar.
A disputa pelo posto de melhor jogador do mundo também foi assunto na entrevista coletiva do craque, ontem, em Brasília. Mas o atacante do Barça negou que essa seja a sua meta e afirmou não se sentir um coadjuvante no clube catalão.
“Quanto ao prêmio de melhor do mundo, nunca disse que queria ser o melhor. Meu objetivo é disputar os melhores campeonatos. Não é uma questão de ser coadjuvante. O time do Barcelona tem jogadores que seriam os caras em qualquer lugar. Tenho a felicidade de jogar com Xavi, Messi e Iniesta. São caras que já fizeram de tudo no futebol. Se for pensar assim, a equipe do Barcelona é toda de coadjuvantes. É claro que o melhor do mundo é o Messi, mas todos têm qualidade”, completou.
De bom humor, ele também falou em tom de brincadeira sobre ter mais pressão agora que está na Europa.
“Se me derem mais responsabilidade do que já tenho é sacanagem, hein? Responsabilidade a gente sempre tem. Todos nós. Futebol não é tênis que só tem um cara. São 11 jogadores mais os suplentes e a comissão técnica. Cada um desses tem a sua responsabilidade”, afirmou.
Segurança para o jogo terá 1.800 policiais
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal montou um forte esquema de policiamento para a área central de Brasília, diante da expectativa de manifestações amanhã, no entorno do Mané Garrincha e no tradicional desfile de 7 de Setembro. O estádio receberá o amistoso entre Brasil e Austrália.
Cerca de 4.000 policiais militares vão atuar durante todo o dia, sendo que 1.800 cuidarão da segurança na área interna e externa do estádio brasiliense.
“Temos a expectativa de muitas movimentações sociais em razão do 7 de Setembro. Tanto no desfile quanto no jogo. Estamos procurando, com nossos serviços de inteligência, nos antecipar a eventuais manifestações que usem de maior agressividade e violência, para que possamos impedir isso”, afirmou o secretário de segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar.
Na abertura da Copa das Confederações, quando o Brasil enfrentou o Japão, no dia 15 de junho, houve confronto entre a polícia e os manifestantes nos arredores do Mané Garrincha.
Quase 500 mil ingressos pedidos para a final
O secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, informou ontem que quase 500 mil ingressos já foram pedidos para a final da Copa do Mundo de 2014, no Maracanã. Números oficiais da entidade apontam que, atualmente, o estádio é capaz de abrigar 79.185 espectadores.
Contabilizando todos os jogos do Mundial, a Fifa já recebeu mais de 3,6 milhões de pedidos de bilhetes.
A Alemanha é o país com o maior número de solicitações, com mais de 8 milhões.
A primeira fase de venda de ingressos começou no dia 20 de agosto e termina no 10 de outubro. Mas haverá um sorteio para definir os torcedores que terão direito a comprar os bilhetes.
Em sua coluna semanal publicada no site da Fifa, Valcke lamentou a morte do ex-goleiro Gilmar dos Santos Neves, bicampeão mundial com a seleção brasileira em 1958 e 1962.
“Ele será para sempre lembrado pela comunidade futebolística e seguirá vivo nos livros de história do principal evento do futebol”, afirmou o dirigente-geral da Fifa.