Por rafael.arantes

Rio - Mais rápido do que se esperava, Dorival foi defenestrado sem qualquer honra. O mesmo homem endeusado pela conquista da Série B e considerado um ‘expert’ em Vasco afundou em meio à crise política do clube, falta de bons jogadores, salários atrasados e, principalmente, zagueiros e goleiros muito abaixo da média. Dorival tem pequena parcela de culpa porque se perdeu nas dificuldades, andou mexendo demais no time e se irritava com facilidade, com entrevistas em que claramente culpava os jogadores, o que não é exatamente a sua função.

Treinador tem a difícil missão de salvar Vasco do rebaixamento Carlos Moraes

Mas é claro que ele não pode levar a culpa pelos problemas do clube. Adílson tem retrospecto razoável, com alguns bons trabalhos logo que se revelou, tanto em Minas como em São Paulo, mas de uns anos para cá, tem falhado. Ganha a grande chance de sua carreira e não tem muito a perder. Se mantiver o Vasco na elite, todos o celebrarão. Será difícil pelo clima emocional e pela fragilidade técnica. Se não ganha, seria o menos culpado mas pode até continuar no Vasco para uma nova caminhada.

Fundamental

Quando gol fora vale muito, o primeiro jogo ganha em importância e o time da casa pode transferir com mais força a responsabilidade para o adversário. Se vencer por um ou dois gols de diferença, sem tomar nenhum, vai jogar fora com uma tranquilidade que pode fazer a diferença. Por isso, a primeira preocupação do esquema de Jayme é não ficar no zero, o que facilitará muito a sua missão no Maracanã. Isso o impele a jogar ofensivamente mesmo fora de casa.

Brocador

A torcida do Fla começa a eleger os seus heróis nessa reta final da temporada, com imensa esperança na conquista da Copa do Brasil. E entre eles, além da figurinha carimbada Léo Moura e do futebol talentoso de Elias, temos aí na crista da onda Paulinho que surge como uma espécie de talismã e Hernane, artilheiro desde os tempos do futebol paulista. Atrapalhado, de pouca intimidade com a bola, o Brocador não tem medo de chutar a gol. Ele entende da essência do futebol.

Na marca

Não há dúvida, principalmente depois das muitas reuniões de ontem, que Vanderlei está na marca do pênalti. E parece certo também que o Fla x Flu de domingo será o limite de tolerância da diretoria. Se o Flu não vencer o seu primeiro clássico esse ano ou tiver atuação pífia, Vanderlei sai e é possível até que um auxiliar esquente a cadeira para um profissional de fora em 2014. Vanderlei não tem culpa da fragmentação do elenco, mas não criou soluções.

Obrigação

O Botafogo e Oswaldo de Oliveira têm mesmo a obrigação de conquistar essa ansiada vaga na Libertadores. Depois de tantas frustrações, da venda de jogadores importantes, da queda de produção no campeonato, de uma vergonhosa eliminação na Copa do Brasil, para o maior rival, o time pagaria um imenso mico se não chegar ao último objetivo, já que títulos nacionais foram para o espaço. Se a equipe mancar de novo, é caso para uma vassourada em 2014.

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