Rio - O suspense pra valer não houve no sorteio dos grupos na Copa, mas sim neste domingo, quando o destino de grandes times do futebol brasileiro estará em jogo. Há quem ainda se questione sobre a necessidade de se rebaixar quatro clubes em um total de 20, mas essa polêmica não leva a nada porque tudo acaba como consequência natural de más administrações. E por outro viés, do sentimento de vergonha - que não existe na Europa - da participação na Segunda Divisão. O problema ainda é a questão da excessiva dependência das cotas de TV, que diminuem drasticamente na Série B.
Vasco e Flu vivem situação dramática neste domingo por precisarem de uma vitória difícil no campo adversário, por terem jogado muito mal em boa parte do campeonato e ainda dependerem de resultados alheios. Não é um dia de orgulho para as duas torcidas, mas bem poderia servir de alerta para Siemsen e Dinamite. As suas torcidas merecem dias melhores.
Climas diferentes
Quem tem mais chance? Fluminense ou Vasco? A coisa não está tranquila. Imaginar que o Bahia, por já estar garantido, vai facilitar, é um engano. O time, pelo contrário, estará sem pressão e vai querer fazer uma boa exibição para o seu público. Além disso,Cristóvão Borges vai exigir empenho total. Em Joinville,o Atlético-PR luta pela vitória porque o terceiro lugar é que garante a Libertadores sem depender da Ponte Preta. Mas conseguirá o Vasco superar as suas notórias limitações?
Com pessimismo
Pode parecer um exagero, mas a torcida do Botafogo desconfia até das possibilidades do seu time no Maracanã e isso acena com um público pequeno. No segundo turno, só deu vexame em casa diante de adversários inferiores, como Ponte, Bahia, Portuguesa e até o Grêmio com 10 jogadores. Por que seria diferente com o Criciúma? Na onda de neurose, há quem preveja o G-4 neste domingo destroçado após um eventual título da Ponte. A retranca hoje será feroz e vai exigir paciência e muita luta.
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Um começo suave
Não houve novidade na moleza que o Brasil pegou na primeira fase da Copa. É quase uma tradição que bons ventos nos ajudem no começo, mas muita atenção ao que virá logo depois. De saída, não se pode temer o México que só foi carrasco por um tempo e já caiu, classificando-se mal. Camarões não é mais temível e hoje só tem um desgastado Eto’o. E a Croácia requer um pouco mais de atenção por ser dura e competitiva mas, como se viu em 2006, se inibe contra o Brasil. O problema é nas oitavas...
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Perigos iniciais
Enquanto o Brasil só se preocupa com Holanda ou Espanha nas oitavas (o Chile seria uma dádiva) e Alemanha nas quartas, Itália e Inglaterra, no pretenso grupo da morte, só têm mesmo a encarar dois fantasmas: a tradição uruguaia com o seu time envelhecido e o calor insuportável de Manaus. Chile, Japão e Equador são leves chances de surpresa em seus grupos, mas, de forma geral, há sempre dois favoritos em cada um. Entre eles, Argentina e Alemanha pairam tranquilos, sem ameaças.