Rio - O delegado regional de Joinville, Dirceu Silveira, afirmou na tarde desta quinta-feira que, caso o envolvimento do Atlético Paranaense e Vasco da Gama com as torcidas organizadas Fanáticos e Força Jovem seja comprovado, os clubes podem ser punidos. Silveira detalhou, juntamente com o titular da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), Alexandre Braga, as ações da Operação Cartão Vermelho, que já identificou 40 pessoas acusadas de participar da briga entre as torcidas dos times, no dia 8 de dezembro, durante o último jogo do Campeonato Brasileiro na Arena Joinville, em Santa Catarina.
"Não iremos admitir que um evento de lazer se transforme naquela selvageria. Ali não havia torcedores, somente marginais. O Rio de Janeiro vai sediar a Copa do Mundo e não podemos passar essa imagem negativa. Joinville teve a imagem maculada internacionalmente. Essas torcidas deveriam ser 'desorganizadas', deixar de existir", afirmou Dirceu Silveira.
A ação, que ocorre na capital, Paraná e Santa Cataria, já prendeu 20 pessoas. Segundo os agentes 31 serão denunciados por dano ao patrimônio público, incitação à violência, associação criminosa, roubo e tentativa de homicídio. Em relação ao último crime, pelo menos dez acusados foram relacionados. No Rio, a polícia prendeu Thiago Nascimento Figueiredo, em Manguinhos, na Zona Norte, na manhã desta quinta. Motorista particular, Thiago é membro da diretoria da Força Jovem. Bruno Pereira Ribeiro, presidente da organizada e Eduardo Almeida, também da diretoria, estão foragidos.
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Os mandados de prisão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Joinville e todos os presos serão enviados à cidade. Os agentes ainda fizeram ação de busca e apreensão em dois endereços da Força Jovem e apreenderam computadores, que serão periciados. O advogado da Força Jovem, Eduardo Piragibe, afirmou que não irá entregar seus clientes. "O Thiago deu um soco em outro homem para se defender. Não sabemos a conduta de cada um e a polícia não quer informar. Enquanto não for dito o que cada pessoa fez para estar presa, não entrego meus clientes", declarou. A Polícia Civil ainda busca mais sete membros da FJV envolvidos na confusão. Alguns deles, informaram os agentes, são acusados de outros crimes.
Edição: Thiago Antunes
