Após fraturar a tíbia e a fíbula na derrota para Weidman, Spider iniciará uma longa batalha por recuperação física e psicológica
Por fabio.klotz
Rio - Anderson Silva deixou o Centro Médico Universitário de Las Vegas (EUA), nesta terça-feira, onde foi operado logo depois da luta de sábado, quando fraturou tíbia e fíbula na derrota para Chris Weidman. O brasileiro, que já anda de muletas no quarto do hospital, começará uma longa batalha por sua recuperação física e psicológica. A cirurgia a que o atleta foi submetido é considerada muito avançada, e a fisioterapia para a recuperação dos movimentos da perna esquerda já começou a ser realizada.
“O início da fisioterapia ocorre logo após a cirurgia, ainda no hospital. Ajuda a minimizar os efeitos do imobilismo, como rigidez no joelho e tornozelo, encurtamentos musculares e outras complicações mais graves, como a síndrome compartimental (aumento de pressão em determinada parte do corpo) e a trombose”, disse o fisioterapeuta Artur Gosling, especializado na parte esportiva e no tratamento de dores crônicas.
“O tipo de cirurgia que ele fez (haste intramedular na tíbia) permite a mobilização precoce, o que é muito difícil em outros tipos de operação.”
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Ajuda preciosa da equipe
Steven Sanders, responsável pela cirurgia, disse que Anderson pode demorar até nove meses para voltar a treinar, dependendo da recuperação. Mas, se não houver nenhum tipo de problema no pós-operatório, a consolidação da fratura deve acontecer em três meses e meio, quando a fisioterapia será intensificada.
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“Até a consolidação total da fratura, o paciente deve fazer fisioterapia com exercícios para melhorar o condicionamento físico, a força muscular e a mobilidade, podendo ser inicialmente em piscina e depois com peso, mas de forma controlada. O exercício é importante para auxiliar no processo de cicatrização e na consolidação da fratura”, explica Gosling, ressaltando que, uma equipe grande como a de Anderson, será fundamental na recuperação.
“É provável que em até seis meses ele esteja recuperado plenamente, por se tratar de um atleta de alto rendimento e por ter uma equipe multiprofissional. Ter uma equipe de apoio é um grande facilitador no processo de recuperação física e mental, o que permite maior confiança e motivação para alcançar os objetivos”, completou Gosling.