Por fabio.klotz
Rio - O começo no NBB não foi dos melhores. Aos poucos, porém, o Basquete Cearense entrou nos eixos e se recuperou. A sequência de quatro vitórias seguidas foi interrompida no Rio, onde o time perdeu para Macaé e Flamengo em jogos parelhos. Os tropeços não tiram a confiança do técnico Alberto Bial. Ele explica a evolução da equipe.
Alberto Bial mostra otimismo para a sequência da temporadaDivulgação

"Conseguimos entender agora o que somos e passamos a ter autoconhecimento de equipe. Não temos estadual no Ceará, fizemos alguns amistosos antes do NBB, mas não dava para avaliarmos como estávamos jogando. Começamos mal, abaixo da crítica", diz Bial.

O Basquete Cearense está em 11º lugar no NBB, na zona de classificação, com seis vitórias em 15 jogos. A evolução do time anima Bial.

"Estou sentindo que estamos jogando um bom basquete e se conhecendo mais, principalmente, ajudando mais um ao outro. A defesa, que é o segredo do jogo, começou a marcar melhor. Estou vendo progresso. Podemos sonhar em chegar muito longe. A meta é evoluirmos mais para até os playoffs", analisa.

Um dos destaques do time de Bial é o pivô americano Devon. Na época em que contratou o jogador, Bial foi até a casa dele nos Estados Unidos para conhecê-lo e fazer um teste. A recompensa vem em pontos e rebotes no NBB.

"Devon é muito interessante. Ele é fisicamente muito bem dotado, forte. A adaptação ao basquete brasileiro levou um tempo, mas já está conseguindo entender o jogo voltado para o coletivo e se sentindo à vontade para fazer aquele pivô que está em extinção aqui no Brasil. Foi uma escolha legal. Fui até a casa dele o treinar e conheci a família dele. Está dando certo. Ele vai crescer ainda mais", elogia Bial.

Devon tem se destacado nos últimos jogosDivulgação

Projeto avança

Bial faz questão de frisar sempre que o Basquete Cearense não é apenas um time. O projeto envolve a cidade e tem como objetivo difundir a modalidade. O resultado aparece nas categorias de base. Na LDB, torneio sub-22, o clube ficou entre os oito melhores.

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"A primeira coisa que fiz ao iniciar o projeto foi contratar o Daniel Russo, o melhor técnico do Ceará, com o intuito de mapear todos os jogadores cearenses que foram jogar em outros lugares e talentos para fazer parte da nossa equipe sub-22 e principal. Resgatamos atletas do Rio, São Paulo, Minas. Fomos atrás de jogadores que levavam jeito e contratamos do interior de Juazeiro, Sobral e fizemos este sub-22 com 12 nordestinos dos 15, 16 do grupo. Além disso, no sub-17, estamos fazendo uma república para os melhores do estado e capacitando treinadores. Já fiz umas cinco, seis clínicas. Ou seja, um projeto que traga resultados ainda mais expressivos ao longo de uma década", finalizou Bial.