Por ulisses.valentim
Dirigente está sendo acusado de subornoReuters

Alemanha - Poucas horas depois de a Corte de Munique confirmar que Bernie Ecclestone passará a ser julgado por suborno em assuntos envolvendo a compra dos direitos da Fórmula 1, a CVC, acionista majoritária da principal categorial de automobilismo do mundo, emitiu um comunicado nesta quinta-feira anunciando a saída do britânico do cargo de diretor do Mundial.

Em novembro de 2013, Donald Mackenzie, cofundador da CVC, já havia confirmado a possibilidade da demissão de Ecclestone caso seja comprovado seu envolvimento com o suborno. Com a espera do julgamento, que está previsto para ser realizado em abril, o chefão da categoria perdeu o poder de tomar grandes decisões, como decidir novos acordos comerciais e assinar contratos, mas ainda estará em contato com a categoria.
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"O conselho acredita que é do interesse do esporte e dos negócios da F1 que o Sr. Ecclestone continue a comandar os negócios no dia-a-dia, mas sujeito a um maior monitoramento e controle", disse a CVC por meio de um comunicado oficial.
Com a mudança, os principais assuntos da categoria serão de responsabilidade de Peter Brabeck-Letmathe e Donald Mackenzie, presidente e vice-presidente da CVC, respectivamente.
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Ecclestone está sendo julgado pela acusação de ter pagado US$ 44 milhões (cerca de R$ 105 milhões) de propina para o ex-banqueiro Gerhard Gribkowsky, que já está preso, para garantir que os direitos da F-1 fosse comprados pela CVC. Na época, Gribkowsky dirigia o banco alemão BayernLB, que tinha 47,2% das ações da categoria.
Desde que passou a ser considerado um dos responsáveis pelo suborno , Ecclestone sempre garantiu que é inocente. Enquanto isso, o ex-banqueiro, que não conseguiu explicar o recebimento da quantia, foi condenado a oito meses e meio de prisão.
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