Rio - O domingo para o Flamengo não poderia ser melhor. O time se mostra cada vez mais entrosado e determinado, Elano vai se encaixando, Léo Moura continua como referência de luxo e o ataque começa a funcionar a plena carga. Hernane, que andava meio retraído, voltou a marcar e fez quatro gols em grande estilo como um artilheiro implacável e oportunista, reeditando as suas melhores atuações em 2013. Paulinho também esteve bem e a torcida ficou feliz até com Gabriel - Carlos Eduardo não faz a menor falta.
A partida foi boa e o Macaé acabou exigindo muito da defesa do Flamengo e de Felipe. Não estivesse o Flamengo em dia inspirado, poderia ter perdido pontos. Para completar a festa, até Negueba se firmou com um gol no fim, deixando a sensação de que, depois de algum sofrimento, poderá ser, afinal, importante no time que o projetou.
O Flamengo se coloca como líder de forma justa, está no pique e se prepara bem para o desafio da Libertadores. Mas, com a classificação encaminhada no Estadual, dá pinta de que vai dar conta de tudo.
Dia do menos ruim
Titulares do Vasco e reservas do Botafogo nivelaram-se na mediocridade do clássico que, em nenhum momento, mereceu o belo palco do Maracanã. Do Vasco esperava-se mais depois das goleadas, mas o time pareceu travado. Só a insistência justificou a vitória, até pela oportuna entrada de Thalles. O Botafogo cai pelas tabelas e, para angústia da torcida,o time titular não é tão melhor do que esse pífio grupo reserva. Dois pontos os une: meio-campo sem talento e ataque inexistente.
Aridez
Mais uma vez um grande no Estadual teve que ir a Bangu. O Flu ganhou sem jogar bem e tudo foi previsível, desde o gramado careca e poeirento, passando pelas limitações técnicas, até o jogo praticamente liquidado no início com o gol tricolor. Não dá mais para se disputar uma competição desse jeito, com pequenos cheios de rebotalhos e grandes treinando mal. A torcida sabe que há melhores atrações. Só Conca tinha luz própria, mesmo sem brilho especial.
Ameaça constante
Estamos no início da temporada, mas pouca coisa pare ter mudado no relacionamento entre torcedores, jogadores e dirigentes. Agora mesmo, no Corinthians, houve invasão do local de trabalho, funcionária foi agredida e ficou até como refém de marginais. Mas foram tratados como gente de bem, e ouvidos por dirigentes e até por Mano, que sempre pareceu inflexível com esses absurdos. Todos saíram em paz depois do "recado" e os profissionais que se previnam. Terra sem lei.
Duplo triunfo
Se não chegou a ser empolgante, pelo menos a noite de sábado no UFC foi animada com os triunfos de dois brasileiros - José Aldo e Renan Barão - que mantiveram os seus cinturões. José Aldo fez uma luta morna, mas foi sempre superior na vitória por pontos. E, no fecho, o garoto de ouro da Califórnia Urijah Faber não resistiu nem mesmo um round. Caiu diante de Barão, embora o árbitro Herb Dean tenha encerrado o combate de forma prematura.
Basquete brasileiro em situação muito difícil
A CBB mal escondeu a euforia por participar do próximo Mundial convidada, mesmo que a seleção brasileira tenha mostrado um basquete pífio nas eliminatórias. Valeu a antiga tradição, incluindo dois títulos mundiais. Se Rubén Magnano conseguir a proeza de unir os jogadores e trazer o nosso melhor da NBA, aí pode-se até torcer por um brilhareco. Caso contrário, será perda de tempo.
