Por fabio.klotz

Rio - O COB deu o pontapé inicial para uma nova era ao admitir colocar em prática a velha ideia - e anseio geral - de acabar com as reeleições múltiplas que eternizaram no seu comando poucos dirigentes em décadas. Mesmo que, eventualmente, uma figura como Nuzman tenha deixado um legado positivo no vôlei, o que ocorre normalmente no esporte é a eternização por vaidade, prestígio pessoal e projetos de enriquecimento.

O futebol, por exemplo, tanto na CBF quanto nas federações estaduais, é o exemplo mais gritante desse continuísmo viciado com o agravante de que as pessoas são despreparadas e incompetentes. As entidades só não são liquidadas porque os investimentos e patrocínios são milionários e servem até para fazer a fortuna de alguns. Agora mesmo, na CBF, depois de Ricardo Teixeira, "exilado" em Miami, estão por aí Marin e Del Nero, farinha do mesmo saco. E o que dizer, de Rubinho no Rio? Quem sabe a imperfeita democracia não pode ao menos arejar um pouco esse ambiente?

Autêntico circo

Essa história de Curitiba seria cômica se não fosse trágica. Depois do "furo" do "El País", Valcke viu a sua decisão ser antecipada pelos cartolas paranaenses e, depois, eles confirmaram a sua vocação para o atraso, chegando tarde à coletiva com o pessoal da Fifa. Que bagunça! O incrível é que Curitiba é uma cidade organizada, civilizada, um exemplo até de modernidade urbana. De onde se esperava muito, veio pouco. E lá no Norte, as coisas saíram bem, restando a ameaça dos elefantes brancos.

Com a cabeça longe

Apesar da vitória dramática de domingo passado e de uma melhora na tabela, o Botafogo trata o Carioca com pouco interesse, o que a escalação constante de reservas prova. Para o clássico de domingo lá estarão eles - para a alegria do Fluminense. Nesta quinta-feira, contra o Volta Redonda, qual pode ser a motivação do torcedor? Ninguém está interessado no provável retorno de Bolívar porque sabe que a vitória pouco irá significar. Melhor ter esperança no êxito da vinda de Zeballos.

Mais um talismã

Os times do Rio estão cheios de talismãs, nem todos com bom futebol, mas que resolvem. O Flamengo, por exemplo, já está achando que quando Gabriel entra, a coisa anda. O Botafogo parece ter descoberto Wallyson. O Flu tem o seu de luxo, quase um craque, Walter. E o Vasco começa a produzir a sua versão - Thalles - que entrou de novo para abrir o caminho da vitória. Foi um jogo morno no calor de Bangu onde só Douglas brilhou. O Vasco demorou, mas se impôs nas mudanças.

Sem bichos-papões

Pelo que se viu na terça-feira, quem mais impressionou na Libertadores foi o Santos Laguna, de Peralta, discreto time mexicano que jogou com disciplina e empenho e derrotou o Peñarol em pleno Centenário. Já é líder folgado no seu grupo. E os próximos adversários do Botafogo na Liberta - Independiente del Valle e Unión Española - só mostraram determinação e empataram um jogo bem equilibrado. O desafio alvinegro será, como se vê, superá-los na vontade.

As heroicas pioneiras da Olimpíada de Inverno

Fabiana Santos e Sally Mayara devem ser recebidas com todo o carinho e respeito na volta ao Brasil. O acidente nos treinos e, depois, o penúltimo lugar no Bobsled significaram um imenso esforço de afirmação em um esporte complicado que tem competidoras experientes e com estrutura superior. Independentemente do nosso futuro nesse tipo de esporte, uma aventura de muita coragem.

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