Por pedro.logato

Rio - Esta terça será o dia dos presidentes dos clubes do Rio confirmarem a reeleição de Rubinho, um seguidor da obra do seu antecessor, Caixa D’ Água. Ele usou leve verniz naquela camada de incompetência e politicagem do futebol carioca, estagnado no tempo.

O atual Estadual não poderia ser melhor exemplo de tudo o que anda errado, desde o número excessivo de clubes, passando por regulamento, horários, estrutura para o público, TV e por aí vai. Apesar da débil tentativa de tardia oposição do Flu, ninguém, além do torcedor e da mídia independente, parece se importar, talvez porque existam muitos faturando o que não deviam. Com média de pouco mais de 2 mil pessoas por jogo, o Flamengo já atuou para 375 pagantes.

O clássico decisivo da Taça GB foi assistido por menos de 10 mil pagantes e não havia sequer taça no estádio para o campeão. Talvez tenha sido batido o recorde da falta de compostura e organização. Mas os cartolas vão para o beija-mão de Rubinho porque não largam a mentalidade tacanha e adesista. Acham que não podem, em minoria, brigar com a federação para não serem ‘prejudicados’ e se rendem a esse tipo de chantagem.

Rubens Lopes deve ser reeleito Divulgação

MUITO AQUÉM

Técnico do Botafogo, Eduardo Hungaro está errando demais, não só por culpa dele, mas pelo que o obrigaram a engolir por causa da Libertadores. Desde o começo da indecorosa campanha na Taça GB, ele repete como um papagaio que os resultados não importam e, sim, o planejamento. Hungaro adora dar desculpas usando a palavra ‘aquém”, referindo-se ao nível inferior ao que foi projetado. Com toda a carência do elenco, ele é que está aquém do planejamento e dos resultados.

DESMOBILIZAÇÃO

Mais do que a fragilidade técnica dos reservas e de alguns titulares, o que derrubou o Botafogo no campeonato foi a desmobilização total, a lavagem cerebral passada pela direção. É claro que o grupo é superior tecnicamente aos pequenos. Mas, sem vontade, nada feito. Cria-se agora um problema: ou o time de Eduardo Hungaro decola na Libertadores ou uma saída prematura vai escancarar todo o grande equívoco e cabeças rolarão. Muita gente ficou com a faca no pescoço.

NA MOSCA

Jayme de Almeida parece demonstrar que não veio para um sucesso eventual na Gávea. Depois de levar o grupo à conquista da Copa do Brasil, acertou em cheio no planejamento das competições paralelas, conseguindo o segundo título em pouco tempo e com fôlego para a Libertadores. Se a conquistará, não se sabe, porque o Flamengo ainda tem certas carências, mas ele se mostra coerente e firme. Com tempo até para avaliar bem os garotos da base e lançá-los sem queimar ninguém.

MEIAS VERDADES

Renato Gaúcho gaba-se de ser sincero até em excesso e faz um esforço para não medir conseqüências sobre o que fala. Mas ele sempre enxerga defeitos nos árbitros quando o calo lhe dói e aplaude na hora favorável. Por exemplo, disse que o goleiro do Duque de Caxias foi bem expulso porque a regra manda advertir até a expulsão no caso de cera e apoiaria mesmo que fosse com o seu goleiro. Ninguém acredita nisso- será que, fosse Cavalieri a retardar o jogo por necessidade, ele aplaudiria a sua expulsão? Menos, Renato.

O ILUSTRE DESCONHECIDO PARA FELIPÃO

É claro que Felipão está farto de conhecer Hernane, o maior goleador do país e destaque do campeão da Copa do Brasil. A sua resposta no Carnaval foi só prova de impaciência descabida, já que ganha uma fortuna para dar satisfações ao torcedor. Ele errou duplamente porque deveria evitar a grosseria com o atacante que, por coincidência, é boa figura humana. Você pode se arrepender disso, Felipão.

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