Por fabio.klotz

Rio - Deu exatamente aquilo que se esperava. Vasco e Fluminense mostraram muitos erros na campanha, mas chegaram à semifinal sem que se possa apontar qualquer favoritismo. E não por se tratar de clássico, mas porque ambos estiveram bem abaixo do que se poderia esperar - o Flu, pelo elenco de luxo depois das contratações de Walter e Conca, e o Vasco, que criou astral melhor com a vinda de Douglas.

É difícil saber o que poderá acontecer, embora o Flu tenha a boa vantagem do empate. Se o Flu se concentrar mais, poderá até sair campeão, mas, se repetir uma certa acomodação, cai do cavalo.

O Fla, pelo menos por enquanto, nada em águas tranquilas. Se com os reservas não houve problemas com a Cabofriense, o que dizer com os titulares? O time pode se enrolar porque terá no mesmo período jogos decisivos na Libertadores. A fase de classificação do Estadual terminou de forma melancólica despertando menos interesse do que o superclássico entre Real Madrid e Barcelona.

Sem estresse

Flamengo e Cabofriense jogaram tão relaxados no Maraca que tudo virou alegre pelada de luxo, com oito gols e outras tantas chances para balançar as redes. Mais uma vez, os reservas do Fla jogaram com seriedade e determinação e as coisas ficaram mais fáceis com a marcação de um pênalti duvidoso, bem aproveitado por Alecsandro. A Cabofriense correu riscos, já que, se tivesse sido derrotada por quatro gols de diferença, perderia a vaga para o Boavista, que venceu o Bangu.

Um passeio

O Vasco esqueceu o habitual sofrimento que passa contra os pequenos em São Januário e, desta vez, não tomou conhecimento do Caxias, que já entrou em campo com a máscara de rebaixado. Fez um gol de saída com Reginaldo e as coisas foram acontecendo sem problemas. A vitória, se não serviu para mudar a situação na tabela, deixou o time mais à vontade para a decisão contra o Flu. Talvez sejam necessários mais cuidados defensivos e mais velocidade nos contra-ataques.

Esboço

Em meio a um esboço de crise e depois do vexame contra o Horizonte, o Fluminense entrou em campo contra o Volta Redonda com sobriedade e força, disposto a não dar chance para o azar, que seria perder a vantagem para o Vasco. Não foi brilhante, mas, pelo menos, deixou a impressão de que poderá ser um time competitivo na hora da decisão. A dobradinha Fred-Walter, se ainda está longe do ideal, mostrou oportunismo e dedicação. Walter deixou o seu gol e Fred se empenhou até na marcação.

Melancólico

Quase ficou para o Flamengo, mas o recorde negativo de público acabou mesmo nas mãos do Botafogo. E da forma mais justa possível. Pouco mais de 300 testemunhas contra o Nova Iguaçu é gente demais para assistir a um desfile de horrores desse bando de reservas que o técnico Eduardo Hungaro reuniu. Difícil aproveitar alguém no futuro. A pior colocação da história do Botafogo em Estaduais vai ficar como símbolo de incompetência e péssimo planejamento.

Um show de futebol na Espanha

O que dizer de um grande clássico com tantos craques, com sete gols, lances emocionantes e polêmicos, com o resultado só saindo no fim e o grande Messi marcando três gols na vitória do Barcelona, que embolou de forma eletrizante o Campeonato Espanhol? Neymar foi bem, mas Messi se superou e, na fase inicial, Di María deu o seu show particular no Real Madrid.

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