Por victor.abreu

Rio - Em novembro, o Botafogo passará por novas eleições para eleger o seu próximo presidente para o triênio 2015/2016/2017. No programa "A Última Palavra", do canal Fox Sports, o ex-dirigente alvinegro Bebeto de Freitas falou sobre o pleito que será realizado neste ano.

Bebeto foi presidente do Botafogo de 2003-2008Carlos Mesquita / Agência O DIA

"É ano de eleição. Quem destrói o Botafogo são os botafoguenses. Desses que são candidatos agora tem histórias que não vou falar agora, mas quando tiver que falar vou falar. Desses que estão aí não votaria em nenhum. Não sou político. Hoje quando cruzo com alguém do Botafogo eles atravessam a rua para não me encontrar", disse Bebeto de Freitas.

Ainda sobre gestores, Bebeto fez duras críticas à expulsão do Botafogo do Ato Trabalhista por conta de sonegação fiscal. Segundo ele, o calote da atual gestão de Maurício Assumpção seria de "R$ 90 e tantos milhões".

"O Botafogo pagava, mas sonegou na Companhia Botafogo. O Botafogo foi expulso do Ato! Agora ele está se lamentando que o Botafogo está penhorado. É lógico que está penhorado! O que eles fizeram no Botafogo é muito grave. Esse dinheiro que eles sonegaram de 2009 a 2013 pagava todos os encargos da dívida, o Botafogo estaria hoje com uma dívida bem menor. A dívida trabalhista poderia ter até acabado, mas ela aumentou. A vergonha no Botafogo é essa", lamentou o ex-dirigente.

Ainda sobre dirigentes do Alvinegro, Bebeto também falou a respeito de Mauro Ney Palmeiro, presidente anterior a sua gestão. A polêmica seria o "sumiço" de documentos contendo os balanços do Botafogo.

"Tomo posse em 2003 e recebo a notícia do Mauro Ney de que roubaram os documentos, tudo. Minha primeira atitude foi fazer um boletim de ocorrência na 10ª DP. Aí o Mauro Ney me disse em 28 de dezembro de 2004 que era para retirar a queixa e que iria devolver as contas que ele havia dito que tinham sido roubadas. Quando eu publico o balanço, já tinham descoberto mais de R$ 100 milhões que não estavam no balanço anterior ao meu. A dívida que era de R$ 30 milhões chegou a R$ 200 milhões, para começar!", comentou.

As condições em que Bebeto recebeu o clube também foram comentadas durante o programa, a ameaça de perda do CT de Marechal Hermes e salários atrasados eram os dramas vividos no Glorioso.

"Tínhamos oito meses de salários atrasados para jogadores e funcionários e 18 meses de salários atrasados para Marechal Hermes. A Rosinha (Garotinho, então governadora) me deu um papel renovando o Caio Martins por 20 anos, mas me tirando Marechal Hermes. Esse imbróglio com o União de Marechal Hermes durou até 2007, quando conseguimos ter Marechal de volta. Já tinham antecipado dinheiro da TV de 2003, 2004 e 2005! Só recebi 100% da cota da TV no último ano, em 2008. Aí criamos o Botafogo no Coração e aquilo nos sustentou", concluiu.

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