Por pedro.logato

Rio - Pelo menos no momento — porque ainda haverá no meio do ano a janela de transferências para o exterior —, os times mais fortes para o Brasileiro estão em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. São exatamente os três que sobraram na Libertadores (Cruzeiro, Atlético-MG e Grêmio) e o Inter, que parece fortalecido pelas mãos de Abel.

O futebol carioca anda mal, como todos sabem, e restam a mística do Flamengo, que, às vezes, tira água de pedra, e o Fluminense, o melhor elenco, embora sem suficientes peças de reposição.

A estreia de sábado parece tranquila contra o Figueirense, e o Maracanã deverá receber bom público. Em São Paulo, a fase não é boa nem para o Santos, que tenta se renovar, nem para o Corinthians de Mano, que aposta agora em Elias. O São Paulo joga as fichas na dupla Ganso e Pato e isso é confiar demais na sorte.

Dono da melhor campanha do Brasil na primeira fase da Libertadores, Grêmio vai em busca do tri do BrasileirãoDivulgação

Pelo menos em tese, o Galo de Ronaldinho continua poderoso e o Grêmio parece o mais equilibrado, com mix de veteranos e novatos. Pena que seja um campeonato tão longo, às vezes chato e ainda vá ser interrompido por mais de um mês pela Copa.

O BARRACO

Na reunião de terça-feira do Conselho Deliberativo do Botafogo, o clube mostrou que vive fase negativa e que os inimigos estão dentro de casa. Se a situação atravessa um ano ruim, cometendo evidentes equívocos, a oposição não tem o direito de reagir com agressões físicas. Isso não leva a nada e esvazia até algumas críticas justas, como a falta de comando na recente viagem a Buenos Aires. Da próxima vez, recomenda-se a contratação de seguranças para evitar coisa pior.

SACO DE PANCADAS

Em poucos dias, Atlético de Madrid, Granada e, agora, Real Madrid. Eliminado de duas competições importantes, o Barcelona está e em situação delicada no Espanhol. Não é só uma onda de azar e há evidentes problemas com Tata Martino para essa violenta baixa de produção. Messi está sem motivação para se superar e Neymar se lesionou. Se a seleção espanhola tem a sua base no Barcelona, e o Brasil, em Neymar, é razão para temores porque há pouco tempo à frente.

INCENTIVO

Foi muito boa a atitude da torcida do Vasco apoiando o time contra o Resende e levando faixas que se referiam à perda do Carioca por um erro de arbitragem. Só que o time não respondeu tão bem em campo e teve que lutar muito para vencer o Resende. Um jogo que até lembrou a final, com a diferença de que o Vasco teve gol mal anulado. Vida que segue e amanhã será a estreia na Série B contra o América-MG. Para este ano, o elenco dá pro gasto, mas voos maiores só com reforços.

EM GRANDE ESTILO

Entre as estreias de ontem, destaque para ‘ O grande mestre’, de Wong Kar-Wai, de ótima memória pelo belíssimo ‘Amor à flor da pele’. Um filme que mistura o balé das artes marciais com a sensibilidade artística oriental. A trilha sonora e a fotografia são belíssimas. E nas continuações a boa surpresa é ‘Capitão América — o soldado invernal’, com Robert Redford e a fulgurante Scarlet Johansson, um blockbuster da melhor qualidade e indicado até para quem não é fã do gênero.

ADRIANO E JOBSON, DOIS CASOS PERDIDOS

O que se pode falar depois dos recentes acontecimentos com Adriano e Jobson? O ex-craque da Seleção teve dezenas de chances e foi resgatado com todo o carinho pelo Atlético-PR. Emagreceu, voltou a jogar e fez até gol na Libertadores. De repente, caiu na gandaia. Jobson foi parar no mundo árabe e até que durou muito, mas já criou caso, não fez antidoping e anda sumido. Não dá mais para confiar nem ajudar a quem não merece.

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