Por pedro.logato

Santa Catarina - Parecia que a partida entre Joinville e Portuguesa seria sem problemas, já que a Lusa entrou normalmente em campo para iniciar sua participação na Série B, em 2014. Porém, com 17 minutos de jogo, o confronto foi paralisado pelo delegado da partida, Laudir Zeliani, que subiu ao gramado para cumprir a liminar do torcedor, Renato de Britto Azevedo, referente aos pontos perdidos pela time paulista, que acabou rebaixada em 2013. Com isso, a equipe de São Paulo deixou o campo. Depois do ocorrido, a CBF entrou em contato com o Oficial de Justiça exigindo o retorno da partida, mas a Lusa não acatou a ordem e o jogo foi cancelado. Sem se posicionar, a arbitragem afirmou ao fim do confronto que vai entregar a súmula em branco.

Jogadores da Portuguesa deixam o gramadoDivulgação

"Chegou um documento de lá (São Paulo) e simplesmente comunicaram que não vão jogar mais. Comunicamos que eles teriam 30 minutos para voltar ao gramado senão encerraríamos o jogo", afirmou Zeliani, delegado do jogo.

A decisão da juíza Adaisa Bernardi Isaac Halpern, da 3ª Vara Cível da Penha, na cidade de São Paulo, veio a partir da denúncia de um torcedor da Lusa, pedindo a manutenção da equipe na Série A, depois do rebaixamento ocorrido no ano passado, devido ao julgamento no STJD, por conta a escalação irregular do meia Héverton, na partida contra o Grêmio.

O pedido para que o jogo fosse paralisado foi feito pelo delegado da partida, Laudir Zeliani, acatando a liminar. O primeiro a ser informado foi o técnico da Portuguesa, Argel Fucks, que imediatamente solicitou que os atletas deixassem o gramado. Em sua decisão, a juíza apontou que a CBF violou os artigos 35, parágrafo 2º, e 36 do Estatuto do Torcedor, ao não divulgar em meio eletrônico a punição de dois jogos de suspensão ao meia do time paulista, decidida pela Justiça Desportiva. 

Portuguesa e Joinville jogaram por apenas 19 minutosDivulgação

"Não sei, mandaram parar o jogo. Nós não vamos falar. Foi o delegado quem mandou parar, ele que tem de falar", afirmou Argel Fucks, no momento em que tirava sua equipe de campo. Depois de permanecer trinta minutos no vestiário e ver a partida ser encerrada, o comandante explicou a atitude do time paulista.

"É uma decisão do presidente, do departamento de futebol do clube e eu sou funcionário, assim como os atletas. Por isso, resolvemos não retornar", concluiu.


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