Por pedro.logato

Rio - Se o técnico Vagner Mancini tivesse escalado o Botafogo como começou no segundo tempo — com Bolatti e Zeballos —, poderia ter até tido melhor sorte na partida e, na pior das hipóteses, perderia por uma diferença menor. Mas com o time lento, apático, aberto e sonolento da fase inicial, dando espaços ao São Paulo e com Wallyson inútil na frente, levou chocolate nos 45 minutos iniciais e teve até muita sorte de sofrer só dois gols.

Rogério Ceni só fez uma defesa e o São Paulo teve 67% de posse de bola. Pato e Ganso há muito tempo não encontravam tanta facilidade para fazer passes e lançamentos de categoria e, se não fosse Jefferson, com três grandes defesas, o prejuízo seria maior. Mesmo no segundo tempo, com o jogo equilibrado, o São Paulo controlou a partida, defendendo em bloco e contra-atacando em velocidade.

Vagner Mancini vai precisar tirar água de pedra e rezar para que Emerson Sheik dê alguma força ao ataque. Do jeito que está, continua a perspectiva de que o Botafogo só vai lutar para não cair.

Wagner Mancini não teve uma estréia boa no comando do Botafogo Ale Cabral / Agência O Dia

NÃO FOI MOLEZA

O Goiás vinha de péssimos resultados e tudo indicava que seria presa fácil para o Flamengo. Mas não foi nada disso. O jogo acabou sendo movimentado, equilibrado e ficou indefinido o tempo todo. Após primeiro tempo morno, o jogo melhorou na fase final. O Flamengo, já com Gabriel, foi para a frente, mas insistia pelo meio, perdia chances e corria perigo ao sofrer contra-ataques. No fim, um empate ruim para o Flamengo, que era o mandante, e surpreendente para o fragilizado Goiás.

O VAZIO

São Januário foi, de fato, um estádio fantasmagórico na tarde de sábado. Nenhum torcedor e, para quem viu pela TV, nada de bom futebol. O Vasco pareceu cansado física e psicologicamente, depois da traumática perda do Estadual e do susto com Everton Costa. Os jogadores se arrastaram em campo e o empate, normalmente um mau negócio em casa, acabou sendo justo e até aceitável. Há muito tempo para o Vasco voltar ao normal, mas convém não facilitar na Série B.

QUE FESTA!

Os mais de 30 mil tricolores que foram ao Maracanã no sábado saíram satisfeitos não apenas pela atuação desse novo Fluminense, que começa a empolgar, mas também pela boa expectativa que se fortaleceu com um time que voltou a jogar bem, com espírito ofensivo e mais arrumado na perda de bola. Claro que os dois adversários na era Cristóvão — Horizonte e Figueirense — são muito limitados, mas já deu para perceber que, com as mudanças pontuais, a tendência é só evoluir.

ELETRIZANTE

Quem esperava muito do segundo jogo semifinal de vôlei feminino entre Sesi e Osasco recebeu mais do que imaginava — a partida manteve o nível de fortes emoções e excelência técnica da Superliga. Houve sets equilibrados e um facilmente vencido pelo Osasco, mas na hora decisiva e no tie break o Sesi mostrou mais alma com vontade insuperável e atuações fabulosas de Fabiana (foto) e Dani Lins. A hegemonia do Osasco caiu e agora é esperar a decisão fantástica com o Rio de Janeiro.

UMA DECISÃO QUE CONGELA A GRANDE TORCIDA

É difícil imaginar que um clube com torcida como a do Flamengo deixe de jogar no Rio para faturar mais. O time acabou de ser campeão carioca e certamente teria o apoio da galera. O presidente Bandeira de Mello pode alegar eventual vantagem financeira, mas que não compensaria o castigo. Deve haver forma mais inteligente de faturar do que programar um ‘bye, bye, Brasil’.

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