Por fabio.klotz

Rio - O Flamengo fez um dos seus piores negócios dos últimos tempos ao contratar Carlos Eduardo, gastando no processo mais de R$ 10 milhões. Não faltaram avisos de que o jogador vinha de longo processo de recuperação de uma lesão e iria demorar a ficar bem. O seu futebol jamais voltou à tona e a sua presença irritou sempre a torcida causando crise interna com treinadores e dirigentes. O jogador foi o menos culpado de tudo. Agora, há uma ameaça da vinda de Valdivia muito por pressão de um empresário. É negócio caro, uma tentação ter um jogador criativo na armação, mas tudo esbarra em valores altíssimos e, mais ainda, no temperamento do jogador, conhecido criador de casos, instável e que adora um chinelinho.

Nome de Valdivia voltou a ser especulado no FlamengoDivulgação

O Flamengo parece adorar esses desafios, mas ainda bem que a nova orientação econômica da administração Bandeira de Mello é cautelosa e mais focada em um saneamento financeiro. Dessa vez, ao que indica, há uma conspiração do bem para impedir nova loucura.

A força do novo Flu

A mudança em relação a Rafael Sobis, tanto no quesito tático quanto na própria motivação, é a parte mais visível do sucesso de Cristóvão Borges no seu começo tricolor. Era claro que o jogador não desaprendera a jogar futebol, mas faltava a circunstância. É possível agora que a contratação de um zagueiro de alto nível aumente ainda mais a força do Flu porque, mesmo com o esquema de maior proteção, falta ainda um jogador de qualidade no meio da zaga. Seria a cereja do bolo.

O ato suicida

Há até pouco tempo, o Botafogo de Maurício Assumpção, como muitos outros clubes, beneficiava-se do Ato Trabalhista feito para equacionar dívidas pesadíssimas. Não resolve, mas alivia e permite uma sobrevivência temporária. Alguma coisa falhou, houve confusão de empresas paralelas, suspeita de fraude e foi tudo para o espaço. Há esperança de que o ato salvador volte, mas até lá o clube viverá momentos de pânico e de crescente insolvência. O pavoroso início de ano é uma mostra disso.

Constrangimento?

Será que os dirigentes de clubes envolvidos com as novas arenas e os políticos brasileiros estão mesmo constrangidos com esses atrasos intermináveis nas obras e a constatação de que vai ficar mesmo tudo para a última hora e, ainda assim, com poeira e entulho para todo o lado? O Brasil dá a impressão de que sente prazer nessa bagunça e quer provar ao mundo que o jeitinho é bom e que tudo tem de ficar para a última hora. O estereótipo virou mesmo verdade.

Sem definição

Foi um jogo bem melhor do que na véspera, embora inferior ao que se esperava, muito em função das preocupações defensivas do Real Madrid. Fez um gol na fase inicial (Benzema) e passou o resto do jogo agarrado à vantagem, mesmo com eventuais chances de gol, uma delas desperdiçada por Cristiano Ronaldo. O Bayern não jogou mal, mas foi um tanto dispersivo. Terá todas as chances de dar o troco em Munique, mas sabe que não pode se abrir muito diante da força do Real.

Olha o futebol boliviano aí, gente

Pela primeira vez, os clubes bolivianos fazem ótima campanha na Copa Libertadores e não dependem da altitude de La Paz para eventuais brilharecos. A altitude ajuda e só isso. O Bolívar, que deixou o poderoso Flamengo para trás, já passou para as quartas de final eliminando o mexicano León com dois empates e mais gols fora de casa. Uma verdadeira proeza. E o The Strongest está com a classificação muito bem encaminhada. Venceu o Defensor do Uruguai por 2 a 0 no primeiro jogo. São novos tempos.

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