Por pedro.logato

Rio - Se tratando de Superliga feminina, não existe ninguém mais experiente e vitorioso que Bernardinho. Em sua 13ª final — a décima seguida com o time da Unilever-Rio —, o técnico busca a nona conquista nacional contra o Sesi, no domingo, às 10h, no Maracanãzinho. Mas engana-se quem acha que toda essa bagagem tranquiliza o treinador. Apesar de sorridente e descontraído na preparação para o grande jogo, Bernardinho admite ansiedade e tensão, preocupado principalmente com a qualidade do time adversário.

“Hoje eu estou sorrindo um pouco mais, mas esses dias foram tensos. Já estou muito ansioso para final de domingo, elas têm grandes jogadoras, principalmente a Fabiana e a Dani Lins, que eu conheço muito bem. Então é um time muito forte, que vem motivado demais por ter tirado o Osasco com autoridade. Eu estou muito preocupado porque ainda não achei uma forma de vencer o time do Sesi e só temos mais dois dias para descobrir”, revelou.

Bernardinho vai em busca de mais um títuloAlessandro Costa / Agência O Dia

A final vai ser um encontro entre duas equipes de altos e baixos na competição. Bernardinho destacou que a união e o coração serão fatores que vão fazer a diferença no domingo, muito mais do que a qualidade individual das jogadoras.

“Existem certos momentos que a união faz total diferença. É uma característica básica e essencial para qualquer equipe, de qualquer esporte. Nem sempre o talento individual resolve. O Sesi mostrou durante o campeonato todo superação e equilíbrio mental, e soube reverter situações muito complicadas, e nós também. A torcida a favor e o ginásio lotado serão uma grande injeção de ânimo para as meninas” analisou Bernardinho.

Clima leve antes da final

Às vésperas de sua nona decisão com o Rio de Janeiro, Fabi era um exemplo de descontração e confiança na preparação para a final. Antes de pensar em aquecimento e treinamento, a líbero estava ansiosa em busca das últimas figurinhas para completar o álbum da Copa do mundo. Com uma grande quantidade de repetidas, a jogadora só começou a treinar após trocar com todas as jogadoras e membros da comissão técnica.

“Não podemos ficar só focadas em treinar, é preciso ter também essa descontração. Esse clima leve ajuda na concentração e na preparação. Desde pequena adoro colecionar figurinhas. Eu sempre chego no treino perguntando quem tem figurinhas novas para trocar, mas está difícil achar as que faltam para completar o álbum”, contou.

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