Por pedro.logato

Rio - Empatar em casa no Brasileiro raramente é bom negócio, mas ontem foi o caso para o Botafogo. Sheik estreou em grande estilo, honrou a histórica camisa 7, mostrou força, dedicação e solidariedade e comandou uma reação dramática que quase termina em uma grande virada. O jogo, no entanto, aproximou-se do trágico para o Botafogo.

A sua defesa fez um péssimo primeiro tempo, sempre lenta e mal colocada e, em uma falha grotesca de Júlio César, Rafael Moura marcou o primeiro e ainda faria o segundo, provocando indignação e vaias da torcida. No intervalo, Vagner Mancici mandou bem ao tirar Júlio César e Jorge Wagner e, depois, substituir o cabeça de bagre Airton por Edílson, improvisado mas muito bem na armação. Jogando com calma e personalidade, o Botafogo melhorou no meio campo e empatou com um gol de Sheik e outro de Zeballos, em passe de Sheik.

A torcida vibrou nas cadeiras por várias razões: o time evitou uma derrota que parecia certa, Sheik mostrou vontade e talento e abriu-se a perspectiva de uma reação no campeonato se os jogadores mantiverem a mesma determinação de ontem. Um empate que, nas circunstâncias, foi uma vitória.

Emerson Sheik comemora gol de ZeballosMárcio Mercante / Agência O Dia

SEM FORÇA

Foi assustadora a forma como o Vasco se deixou abater em Cuiabá pelo modesto Luverdense. Defesa frágil, meio-campo sem criatividade e um ataque que se ressentiu dos seus jogadores decisivos. Depois dos 2 a 0, a tendência era a de uma goleada do time da casa. Sorte do Vasco que o Luverdense se empolgou com os ‘gritos’ de olé, ficou fazendo firulas e quase cedia o empate. Mas o Vasco está mal e parece ainda traumatizado pela perda do Estadual. Adílson que abra os olhos.

PERSONALIDADE

O Fluminense não chegou a fazer uma grande partida no Pacaembu mas mereceu a vitória e mostrou, de novo que, sob o comando de Cristóvão Borges, é um time organizado, compacto, que joga com força sempre. Do meio para a frente, jogadores como Conca e Rafael Sóbis dão o toque de classe e Fred vai,aos poucos, recuperando a sua marca de artilheiro. Ou faz gols ou faz a assistência como aconteceu no lance decisivo. Ainda é cedo, mas o Flu dá a pinta de que vai chegar.

SEM SAÍDA

O Flamengo até poderia ter encontrado melhor sorte no Pacaembu mas alguns lances em momentos decisivos puseram tudo a perder. Logo no começo, o gol de Guilherme desestabilizou o time que tentou se reencontrar aos poucos mas levou outro baque no final do primeiro tempo com a expulsão de Léo Moura. Jayme foi até ousado no novo esquema do segundo tempo mas faltou certa objetividade nas conclusões e Guerrero deu o golpe de misericórdia.

O GRANDE LÍDER

Bernardinho, não é novidade, tem sido figura fundamental nas conquistas da Seleção e dos clubes por onde passa. Neste domingo, em mais um título do Rio e de sua carreira, não foi diferente. Com duas mudanças na marcação e um esquema para impedir a ação de Fabiana, ele acabou brecando a reação do Sesi e conseguiu uma categórica vitória. O Rio nem chegou a ser brilhante, com uma jornada discreta de Mihajlovic mas teve o brilho de Carol e Gabi e o esforço heroico de Fofão.

O BELO EXEMPLO DE CIVILIDADE DAS MENINAS DO VÔLEI

Depois de duas horas de muita luta e dedicação, as meninas do Rio - comandadas por Fabi - e do Sesi confraternizaram entre si, reuniram-se nos vestiários para abraços e fotos, até na companhia de familiares e proporcionaram um belo espetáculo de fraternidade e espírito esportivo. No futebol e, talvez no mundo masculino, isso seria impensável mas ficou a lição do que pode ser o esporte em que as bat

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