Por pedro.logato

Rio - Cara de adolescente e responsabilidade de gente grande. Aos 19 anos, Gabi assumiu definitivamente o papel de protagonista no nono título da Superliga conquistado no domingo pela Unilever-Rio. Maior pontuadora da final, com 14 pontos, a ponteira mostrou personalidade na hora de comandar o time carioca em quadra. Com apenas dois anos como profissional, Gabi já é bicampeã da Superliga e chegou à Seleção adulta. Mesmo com tantas responsabilidades, a jogadora não se sentiu pressionada para o duelo contra o Sesi.

“Eu sabia que ia sofrer pressão, eu estava muito ansiosa antes do jogo e isso é natural. Se algum dia eu não sentir mais esse frio na barriga, não tem mais razão pra continuar jogando. Foi minha segunda final como profissional, a primeira em casa e com o ginásio lotado, claro que fiquei nervosa, mas depois que começou o jogo eu desliguei e só vivi dentro da quadra, focada em fazer meu melhor e ajudar o time a conquistar o título”, afirmou.

Gabi foi campeã pela UnileverCarlos Moraes / Agência O Dia

Gabi também destacou um dos principais responsáveis pela sua evolução dentro de quadra. Ela ressaltou o importante trabalho de Bernardinho dando tranquilidade ao elenco durante a temporada e a postura do treinador no momento decisivo.

“Nós ficamos surpresa durante o jogo porque o Bernardo estava muito tranquilo, conversando, não estava cobrando e gritando como é o normal dele. Foi totalmente atípico, inclusive o fato dele pedir calma o tempo todo. Então foi fundamental essa postura para o time se manter equilibrado e tranquilo em quadra mesmo nos momentos ruins, e principalmente pra mim”,disse.

GABI EXALTA LEGADO DE FOFÃO

Em dois anos atuando pela Unilever, Gabi destacou a importância de conviver com uma lenda do vôlei brasileiro dentro e fora de quadra. Atuando ao lado de Fofão, ela afirma que aprendeu muito com a experiente levantadora durante esse período e faz um pedido à companheira.

“Eu amadureci e aprendi muito com a Fofão durante esses dois anos. Ela é um grande exemplo de superação. Mesmo com a séria lesão que teve, ela continuou querendo treinar todo dia, sem reclamar em momento nenhum, com uma vontade enorme de voltar. Ver isso nela, motivou e inspirou todas as jogadoras. Ela é um fator decisivo nesse título, não só dentro de quadra como fora dela. É uma honra tê-la ao nosso lado e seria perfeito se ela pudesse ser eterna”, pediu.

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