Por fabio.klotz

Rio - O volante Gabriel, uma das poucas boas revelações do Botafogo nos últimos tempos e que já tem até propostas do exterior, deu uma entrevista à ESPN Brasil em que confirmou um problema que muita gente já sabe, mas que permanece sem solução: os nossos garotos na base não vêm recebendo boa orientação quanto ao comportamento no aspecto tático, principalmente a importância da ocupação sistemática dos espaços, maior compromisso na marcação e na responsabilidade coletiva. E isso se estende à orientação para evitar jogadas desleais e reclamações insistentes e desnecessárias aos árbitros.

Revelado pelo Botafogo, Gabriel tem se destacado no timeDivulgação

Esses garotos chegam aos times titulares e dão o show de individualismo e indisciplina que se vê hoje nos estádios. Gabriel é um fã do futebol europeu e da postura mais profissional e correta que se vê por lá. Mesmo que exista um problema cultural na raiz, os treinadores deveriam trabalhar para formar uma geração de profissionais com mais consciência tática e disciplina.

Sem contestação

Depois de primeiro tempo equilibrado, o Atlético de Madrid se impôs sem problemas diante do Chelsea. O time espanhol mostrou claramente que, além de ser mais competitivo, está, na fase atual, mais equilibrado taticamente sob o comando de um treinador que sabe usar, como poucos, a habilidade da minoria em proveito de um sistema de jogo rígido que não dá muitas possibilidades ofensivas ao adversário. Mourinho terá muito em que pensar. Simeone brilhou.

A final da paella

Bem que a final da Liga entre Real e Atlético de Madrid vai merecer ser assistida e comemorada com bela paella e garrafa de vinho. Uma decisão inédita entre dois times da mesma cidade, com uma rivalidade na origem e que chegam das semifinais com resultados surpreendentes - o Real de Ancelotti muito consistente com os seus supercraques que arrasaram o Bayern em Munique e o Atlético com o grupo de formiguinhas de Simeone que esnobou o Chelsea em Londres.

Uma boa chamada

Uma grande campanha se faz com a comunhão do grupo, seriedade e liderança salutar. E foi esse o exemplo dado por Sobis e Fred ao chamar Walter para uma conversinha ao pé do ouvido, mas sob olhares gerais. Certamente com conselhos bem úteis, dados com toda a sensibilidade, mas também sem deixar escapar o momento. Se Walter andou reclamando sem razão por não ter entrado em campo no Pacaembu é preciso saber claramente que errou e não pode repetir isso.

Dois Henriques

O Fluminense acena com a contratação de Henrique, zagueiro do Bordeaux e que passou uma temporada no Flamengo sem maior destaque. Mesmo assim, já é uma admissão da necessidade de reforçar o setor mais carente do time. A princípio, a torcida até pensou que se tratava do outro Henrique, ex-Palmeiras que atua no Napoli e que pode ser lembrado por Felipão na Seleção. Esse sim teria tudo para fechar a zaga tricolor. Se a Unimed ainda estiver na pilha, tudo é possível.

O Galo precisa mostrar que ainda está vivo

Em outros tempos - em 2013, por exemplo -, ninguém duvidaria que o Atlético-MG se classificaria contra o Atlético Nacional de Medellín no Independência, mas hoje a situação mudou. Ronaldinho anda mal, o treinador não é mais Cuca, Levir Culpi é pouco criativo e até jogadores importantes como Tardelli não brilham mais. O Galo que se cuide porque o caldo é fervente.

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