Por pedro.logato


Rio - Nos últimos anos, ou até décadas, o Brasil tem sido um dos países mais violentos do mundo e nem sempre a pobreza explica isso porque, nesse caso, seria o caos. E essa tese representa também flagrante injustiça com os mais carentes. O que falta é segurança inteligente nas ruas e, depois, uma Justiça que puna, não com rigor, mas na medida certa. Mas isso ainda é miragem e há uma política de direitos humanos deturpada e perversa. Tudo isso é para dizer que os turistas que vierem ao Brasil precisam mesmo se precaver em nossas ruas porque a barra é pesada.

Nos estádios, com policiamento especial, não haverá problemas e ninguém vai jogar privadas nos outros. Mas, nas cercanias e longe dos jogos, todos correrão riscos e a mídia internacional não exagera. Na Europa, também há pontos de violência, mas de uma forma muito menos endêmica e com repressão cem vezes maior. O momento do país é particularmente conturbado e corre-se o risco de acontecimentos lamentáveis. Mas dizem que Deus é brasileiro e, quem sabe, não viveremos um mês em um paraíso?

Violência no futebol segue sem muito combateCarlos Moraes / Agência O Dia

ERRO E ACERTO

Muito se falou dos dois tempos distintos do jogo do Flamengo e da ótima mexida de Jayme de Almeida ao colocar Mugni no lugar de Nixon contra o Palmeiras. Mas, cá pra nós, ele não fez mais do que corrigir o erro gritante de escalar juntos jogadores de características iguais e esvaziar o meio-campo por onde Valdivia reinou na fase inicial. Méritos para a correção de Jayme, porque ele mudou o ânimo do time e até a postura em campo, mas o problema foi de origem.A

APARIÇÃO

Ninguém poderia imaginar que, depois de tantos fracassos e de ter colocado o Botafogo na Justiça, Carlos Alberto voltasse a General Severiano como solução. E por pedido de Vagner Mancini. E ainda mais criando polêmica. Há quem ache que a sua volta é um absurdo, uma loucura e também existe a opinião minoritária de que, no miserê atual, ele poderá ajudar por ser melhor do que quem está lá. Pode ser, mas é difícil. O episódio prova mesmo que a crise é grave no Botafogo.

COMPLICADO

Quem foi sábado ao Maracanã viu um estádio bonito na sua iluminação, na força da torcida tricolor e em um jogo movimentado. Mas não foi fácil chegar lá, seja pela precariedade do sistema de transportes do Rio, seja pela dificuldade de acesso ao estádio, que teve filas intermináveis. Talvez na Copa do Mundo tudo seja diferente, mas o nosso dia a dia, mesmo com Internet, é precário e desanimador. Falta muito no Brasil para a tecnologia derrotar a burocracia.

SURPRESAS?

Não deveremos ter maiores surpresas na previsível convocação de Felipão, mas ainda há quem especule possíveis novidades. Por exemplo: a lembrança de Philippe Coutinho, algo que não faria sentido à última hora, ou não levar um reserva direto para a lateral esquerda, abrindo vaga para outro meia-atacante, como Robinho, e ainda a chamada de Alan Kardec, que virou craque, segundo a imprensa paulista. Como cabe tudo no futebol, é possível. Mas pouco provável.

O GRANDE CONTRASTE DO FUTEBOL MINEIRO

Enquanto o Cruzeiro voa em céu de brigadeiro com várias conquistas e sonhando na Libertadores, o Atlético-MG vai definhando. Foi goleado na decisão mineira, caiu na Libertadores e vê seus principais jogadores em crise — Tardelli sumiu e Ronaldinho encaminha-se para o fim de carreira. O Cruzeiro é um dos favoritos ao título brasileiro e o Galo apenas mediano concorrente.

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