Por pedro.logato

Rio - E esse segundo jogo da Seleção tem a importância para avaliar se alguns jogadores poderão melhorar de produção e se o esquema de Felipão será mais audacioso, sem perder o equilíbrio. No aspecto individual, o jogador em xeque é Paulinho, que foi um dínamo na Copa das Confederações mas não tem repetido esse ano as suas melhores atuações. Contra os mexicanos, será necessária uma efetiva proteção à zaga de, pelo menos, três jogadores do meio-campo que precisam também articular os ataques.Simples assim, óbvio, mas é isso mesmo que até faltou em boa parte do jogo de estreia. Há também a questão de Hulk.

Como depende muito de força física não seria conveniente escalá-lo à meia-bomba. O seu substituto natural seria Willian, muito versátil e ofensivo mas Ramires foi experimentado no treino de ontem e está mais cotado. Se Ramires entrar, muda muita coisa, isola demais Neymar e Fred e dá uma cara defensiva ao time.O México tem uma defesa inferior à da Croácia mas o seu ataque é superior com mais improvisação e velocidade.

Neymar é o grande jogador da seleção brasileiraUanderson Fernandes / Agência O Dia

OUTRA GOLEADA

Essa Copa ofensiva proporcionou nova surpresa com o chocolate baiano da Alemanha que mostrou qualidade técnica, equilíbrio tático e consistência. Portugal se perdeu na expulsão do desequilibrado Pepe. O jogo foi decidido no primeiro tempo porque a defesa de Portugal estava zonza e Ozil, Muller e Kroos davam um show de bola. O calor atrapalhou todo o mundo e, no segundo tempo, já com 3 a 0 para os alemães,os jogadores se arrastavam em campo com tudo decidido.

UM FIASCO

Ao lado de Neymar e Messi, Cristiano Ronaldo (foto), o jogador número 1 da Fifa, acabou sendo o único a pagar mico na estreia. Neymar foi bem, sem grande brilho, Messi salvou-se pelo belo gol e pela vitória mas Cristiano, em uma seleção problemática,parecia ter tudo contra — o forte calor, a má forma física, o time taticamente desorganizado e um adversário de fato poderoso. Errou tudo o que tentou, e conseguiu até o milagre de bater uma falta em cima do único homem da barreira.

Portugal foi derrotado pela AlemanhaReuters

OS MELHORES

Na primeira rodada da fase dos grupos, das quatro seleções favoritas só uma esteve à altura da fama — a Alemanha, que liquidou Portugal em meia hora e mostrou que dispõe de pelo menos 16 jogadores de alto nível. A Espanha foi uma catástrofe e Brasil e Argentina jogaram para o gasto e precisam evoluir. Claro que outra seleção, não favorita, a Holanda, foi a que proporcionou o melhor espetáculo com uma bela goleada e jogadas espetaculares de Robben e Van Persie. O que virá agora?

DIA DA BÉLGICA

Antes do jogo em Fortaleza, valerá a pena dar uma olhada em uma seleção que poderá ser uma das sensações da Copa — a Bélgica. É a sua estreia como franco favorita diante da Argélia, seleção do norte da África com muita tradição de resistência. A campanha belga nas Eliminatórias foi excelente e muitos acham que só lhe falta tradição e uma camisa de peso. O seus destaques são o zagueiro Kompany e na frente, Lukaku e, principalmente, o badalado Hazard.

UMA PELADA QUE QUEBROU O ENCANTO DOS GOLS

Foi ótimo enquanto durou mas tinha que acontecer. Em determinado momento, viria um empate e, pior, por 0 a 0, depois de 12 jogos sem sequer uma igualdade e com 40 gols. A culpa maior foi do Irã ao enfrentar a Nigéria com uma feroz retranca mas o resultado só ocorreu pela incrível incapacidade de conclusão dos africanos. Nem mesmo Mikel, do Chelsea, criou algo de diferente para obter um golzinho. O jogo foi salvo por uma torcida alegre que lotou a Arena da Baixada e merecia coisa melhor. Nesse grupo, Argentina e Bósnia estão com a faca e o queijo para se classificar.

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