Por pedro.logato

Rio - Dunga está encrencado com o Leão da Receita Federal. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, ele deve cerca de R$ 907 mil por ter supostamente sonegado impostos em 2002. Os valores atualizados chegariam a R$1,3 milhão, caso o ex-jogador seja considerado culpado pela Justiça.

O atual treinador da seleção brasileira perdeu em primeira instância, no processo que corre internamente na Receita, e já teve um recurso rejeitado no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O órgão, pertencente ao Ministério da Fazenda, considera que há fortes indícios de que Dunga teria feito transações financeiras inexistentes para pagar menos impostos. O tetracampeão mundial se defende das acusações e garante não ter feito nada irregular.

Dunga está sendo investigadoCarlos Moraes

A operação que motivou a investigação envolve depósitos no valor de US$ 270 mil feitos em 2002, em uma conta do técnico no Banco do Brasil, no exterior, não declarada. Dunga garante que o valor recebido foi o pagamento de um empréstimo feito por ele ao Jubilo Iwata, no período em que jogou no clube japonês.

O técnico explicou ainda que em 1998, o Jubilo Iwata usou o dinheiro para pagar uma empresa de marketing os seus direitos de imagem. Mas que, em 2002, ele teria recebido de volta o valor emprestado. Como não houve ‘acréscimo patrimonial’, Dunga alega que não haveria a necessidade de pagar impostos.

Mesmo apresentando três recibos de 1998 — sem numeração e escritos em português — da empresa de marketing, os auditores da receita não se convenceram da negociação. Mesmo tendo perdido na Justiça, Dunga não desiste e atualmente tenta virar o jogo na segunda instância do Carf. Se perder novamente, poderá ainda acionar a Justiça comum. Caso contrário terá que se dobrar às garras do Leão.

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