Rio - Não tão grandes as dificuldades do Flamengo na fase atual que tudo fica muito duvidoso e não há parâmetros para se avaliar as possibilidades. Com Vanderlei, a vitória sobre o Botafogo parecia uma virada, mas a derrota em Chapecó, com péssima atuação, devolveu tudo à estaca zero. Só que a torcida, entre o apoio e o protesto, não desiste e a venda de ingressos para hoje foi muito boa, o que faz prever um público superior a 30 mil pessoas.
Resta saber se será capaz de melhorar a produção de um grupo que exibe, até nos treinos, jogadas pífias e chutes bisonhos a gol. Hoje, Vanderlei vai insistir com Canteros e resolveu apostar de novo em Luiz Antonio e Paulinho, que vêm oscilando muito. Além deles, talvez seja necessário esperar um dia feliz de Alecsandro. O Sport não é ruim, faz boa campanha e está em um surpreendente quinto lugar, bem próximo do G-4. Mas, no Maracanã, com forte apoio, o Flamengo poderá vencer e tentar melhorar a sua posição na tabela. A torcida hoje nem pensa em uma grande campanha, mas sente saudade de uma boa atuação que não veio nem na vitória sobre o Botafogo. E, claro, quer distância da ameaça de degola.
UNIÃO FORÇADA
A reunião do Conselho Deliberativo do Botafogo, apesar da ausência de Maurício Assumpção (que claramente preferiu se poupar das acusações e cobranças), teve, pelo menos, resultado ameno e que fez sentido. Em vez de mais divisão, consenso para que o clube chegue a novembro em relativa paz e com um novo presidente capaz de dar estabilidade, já com o Engenhão de volta e o ato trabalhista em ação. Não será fácil, mas o Botafogo já superou fases mais complicadas.
BOA CHANCE
Esquecendo todos os problemas do clube, o Botafogo até que tem boa chance hoje de voltar com três pontos de Curitiba. O Atlético-PR tem um time razoável, mas muito inexperiente e vai jogar sem torcida, em estádio triste e vazio, que deprime os jogadores. Mas o tribunal da CBF adora essa punição, o que empurra ainda mais para baixo o futebol brasileiro. A aparente barracão de Bolatti é uma decisão estranha de Vagner Mancini, mas isso não fará assim tanta diferença.
CENTENÁRIO
O Madureira faz 100 anos e não se trata de um clube qualquer, embora seja pequeno por natureza, em um bom sentido. Foi berço do futebol no Rio, revelou craques fantásticos como Didi e Nelsinho. Soube sobreviver e teve dois brilharecos: em 96, fez a final de um Carioca especial com o Botafogo (3 a 0) e, dez anos depois, decidiria o Estadual de novo com o Alvinegro, perdendo por 3 a 1, após ganhar a Taça Rio. Madureira, pelo samba, futebol e tradição, é um patrimônio carioca.
ESTRELA CADENTE
Não se deve mais esperar de Robinho aquele talento esplendoroso do começo do século e por isso ele acabou perdendo espaço no futebol italiano. Mas ainda pode dar caldo por aqui, onde se castiga a bola com a maior desfaçatez.Principalmente no Santos,onde tem as suas origens e toda a boa vontade de uma torcida saudosa. Robinho ficou um pouco pelo meio do caminho, mas lembra os melhores tempos do nosso futebol com a sua habilidade, ginga e ótimos dribles.
O VÔLEI FEMININO EMPOLGA CADA VEZ MAIS
Como se esperava, o vôlei feminino veio para a etapa do Brasil do Grand Prix com todo o gás. O time atropelou a Coreia do Sul com uma fácil vitória por 3 a 0. Foram suficientes a marcação especial sobre a gigante Kim e um bloqueio eficiente o tempo todo. Ontem, mais um passeio sobre as poderosas russas em três sets. Se mantiver esse nível, o Brasil ganha o Grande Prix, é forte candidato ao Mundial e estará muito bem daqui a dois anos na Olimpíada. E, como lembrou José Roberto Guimarães, é bom se habituar a ganhar no Brasil, porque esse será o nosso palco olímpico.
