Por pedro.logato

Rio Grande do Sul - Após a veiculação de imagens da gremista Patrícia Moreira da Silva, 23 anos, flagrada cometendo atos de racismo contra o goleiro santista Aranha, nesta quarta -feira, em Grêmio x Santos, na Arena do Grêmio, a jovem fechou a casa e buscou refúgio na casa de parentes. O receio estava justificado. Segundo o jornal Zero Hora, vizinhos tacaram pedras em uma das janelas da residência da jovem na noite desta sexta-feira (29/8).

A torcedora gremista mora em Passo das Pedras, um bairro popular na zona norte de Porto Alegre. O ato causou indignação na vizinhança, com quem Patrícia tem bom convívio.

Patrícia teve casa apedrejada em Porto AlegreReprodução Internet

Entenda o caso

Aranha, ao ouvir as ofensas racistas, interrompeu a partida aos 42 minutos do segundo tempo para informar o acontecimento ao árbitro, que nada fez. O jogador deu declaração emocionada após o apito final e no dia seguinte registrou boletim de ocorrência em Porto Alegre.

"Durante a partida, eu ouvi um coro de alguns torcedores chamando de "macaco", "preto fedido", me irritei bastante, mas continuei jogando, depois ouvi as imitações de "macaco", aí pedi para uns jornalistas filmarem os torcedores, mas eles não fizeram, acho lamentável que isso aconteça em um país como o Brasil", afirmou Aranha.

Para confirmar a reclamação do goleiro, uma torcedora foi flagrada na arquibanca da Arena do Grêmio por câmeras de TV entoando o grito de "macaco".

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