Por edsel.britto

Rio - O Maracanã vai receber, mais uma vez, um grande público graças à alegria e à confiança da festiva torcida rubro-negra e só isso já justifica a atenção pelo clássico eterno. Em relação ao campeonato, o interesse diminui muito porque ninguém acredita seriamente que o Flamengo vá chegar ao G-4 e o perigo do rebaixamento ficou longe. Talvez a Copa do Brasil seja o grande objetivo.

O time oscila, mas hoje, contra um adversário tradicional, deve-se esperar muita luta, aquela ralação tão louvada por Vanderlei. A ausência de Canteros pesa porque ele se tornou útil pela intensidade do seu jogo. Mas a torcida espera que Luís Antonio esteja em um dos seus bons dias.

Flamengo contou com o apoio da torcida no Maracanã no jogo contra o CorinthiansAndré Mourão

E o Fluminense? Está fora da briga pelo título, vem de uma chinelada, mas será favorito se jogar dentro de suas possibilidades. É difícil ter confiança na sua zaga vulnerável e acreditar que Fred volte a ser decisivo. Mas quem sabe? As duas principais armas ainda são Conca e Cícero. De qualquer forma, promessa do jogo eletrizante de sempre até porque o Fluminense é o único dos grandes cariocas que tem incomodado o Flamengo nos clássicos locais.

OS CLÁSSICOS

A rodada do Brasileiro hoje é animada. Vários grandes clássicos regionais não valerão só pela rivalidade, mas serão decisivos na luta pelo título ou para evitar o rebaixamento. São Paulo x Corinthians fará ferver o Itaquerão e o tricolor paulista terá que vencer se quiser manter alguma chance de perseguir o Cruzeiro. O líder enfrenta o Galo como favorito e poderá até aumentar a sua vantagem em relação ao São Paulo. Ainda tem o Ba-Vi em briga direta para evitar a degola.

CORRUPÇÃO

Não se pode bater o martelo, mas informações na Europa garantem que as Copas na Rússia e no Catar estão ameaçadas por comprovação de que executivos da Fifa foram subornados para apoiar a escolha das sedes. A ameaça é mais para o Catar, politicamente fraco, com uma Copa distante e facilmente descartável. É difícil imaginar que a Rússia de Putin caia fora — a não ser que os próprios russos não façam força. Um triste capítulo da história de entidade arrogante e suspeita.

PONTO A PONTO

A França, que já vinha surpreendendo no Mundial de vôlei com o seu estilo leve, de improvisações e com uma fortíssima defesa, se superou e sob comando do excepcional Ngapeth quase derrubou o Brasil na semifinal. Ainda bem que quase porque, em dia ruim de Murilo, a Seleção resistiu e precisou de paciência para se manter ponto a ponto e, afinal, se impor no tie-break. Vitória sofrida, mas épica, com destaque para Lucarelli e Sidão. Depois dessa, o tetra parece mais próximo.

O CURRÍCULO

Na excelente matéria de Rafael Paiva, na última sexta-feira, há extenso currículo das atividades paralelas de Emerson Sheik que impressiona pela sua vocação delituosa ou, ao menos, atitudes bizarras. Ele é ótimo jogador, uma pessoa inteligente, irônica e com posições corajosas, mas desperdiça isso por querer se impor ou na hora errada ou de forma errada. Agora, no meio do caos do futebol brasileiro, ao qual ele se refere com razões, pode afundar o Botafogo rumo à Série B, seu possível legado.

O POLITICAMENTE CORRETO ESTÁ ATACANDO COM FORÇA

No jogo dessa semana, em Porto Alegre, o primeiro Grêmio x Santos depois daquele caso com Aranha, a torcida gremista vaiou o goleiro, que reclamou e voltou a se mostrar indignado insinuando que nada mudou. Não é por aí. Os torcedores estão irritados com a exclusão do Grêmio na Copa do Brasil e resolveram vaiar o goleiro.

Atitude discutível no contexto, mas rigorosamente esportiva. Enquanto isso, a diretoria corintiana pede para que não façam aquela ‘saudação’ ao goleiro adversário no tiro de meta como os mexicanos para evitar acusação de homofobia. Não tem nada a ver. Estão acabando com o humor e, daqui a pouco, com o torcedor.

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