Por edsel.britto

Rio - O empate no Fla-Flu foi um resultado natural pelas circunstâncias, porque cada uma das equipes teve fases definidas de domínio, principalmente na etapa inicial, com chances para os dois lados. Os dois goleiros trabalharam bem e fizeram defesas sensacionais. E os gols saíram de falhas. O do Flamengo porque dois jogadores do Fluminense — Valencia e Elivélton — foram trapalhões e permitiram que Eduardo da Silva, quase caído, concluísse a gol.

Flamengo e Fluminense ficaram no empate por 1 a 1 no MaracanãMárcio Mercante

E o do Fluminense, em erro do árbitro, que não deu empurrão de Fred em Chicão, permitindo ao atacante marcar de cabeça. Na fase final, a partida ficou mais morna, embora jamais sonolenta, e manteve velha tradição — o Fla-Flu é bom até quando não atinge os melhores momentos.

Ficou claro que o Flamengo, apesar das limitações técnicas, é um time bem armado, com defesa sólida e boas jogadas de ataque, com oportunistas como Eduardo da Silva e Alecsandro. O Fluminense é que decepciona, pelo nível do time. Está em viés de baixa e a defesa falha em todos os jogos. Pela tabela, empate neutro para o Flamengo e ruim para o Flu, que cada vez mais se complica na luta pelo G-4.

A POLÔNIA MERECEU

A Polônia mereceu com sobras o título do Mundial de Vôlei. Ganhou duas vezes do Brasil e ainda atropelou adversários tradicionais, como Itália e Rússia. Mostrou um time sólido, renovado e nos itens garra e velocidade de jogo foi insuperável. Ontem, a vitória teve muito a ver com a concentração e a fúria de atuação irresistível, de campeão. Mika foi um destaque absoluto. O Brasil não esteve mal, mas não se aproximou do seu melhor e Murilo, de novo, pareceu fisicamente em baixa.

IMPRESSIONANTE

O Mundial de Vôlei deixou marcas impressionantes. Primeiro, pela ótima organização dos poloneses, que confirmaram imenso amor pelo vôlei. E isso num país abalado por crises políticas e econômicas.A euforia dos torcedores não tem paralelo em outras mundiais. Um povo alegre, musical, colorido e sorridente, que não parava de incentivar. O país merecia essa felicidade. E Bernardinho foi mal ao tentar justificar a derrota falando de pressões indevidas e terror nos bastidores.

MAIS SOLTO

O Vasco ainda tem longo caminho a percorrer até apresentar um futebol minimamente agradável para a sua torcida. Diante de um Náutico limitado e quase sempre atemorizado, o time sofreu desvantagem e custou a engrenar para a virada. Mas, pelo menos dessa vez, atacou com mais autoridade, como um grande de verdade jogando em casa. A vitória foi merecida e deixa o time no G-4. Sem avanços táticos, o Vasco de Papai Joel parece um pouco mais descontraído.

VIDA DURA

Mais uma vez, o Botafogo pode agradecer a Jefferson e ao empenho do time a conquista de um pontinho e a momentânea saída da zona de rebaixamento. Com a equipe esfacelada, foi dominado o tempo todo por um fraco Criciúma, mas, como fez um gol na frente, teve a sua retranca facilitada. É triste para o torcedor alvinegro constatar que o seu time, mesmo desfalcado, é dominado com facilidade por um adversário inexpressivo, cheio de desconhecidos. Tristes tempos.

O CRUZEIRO PERDE, MAS CONTINUA ABSOLUTO NO BRASILEIRO

Nas raras vezes em que o Cruzeiro perde — e ontem foi no grande clássico mineiro com o Atlético —, o seu principal adversário no Brasileiro, o São Paulo, não aproveita e mais uma vez cai, agora para o Corinthians. Foram dois clássicos empolgantes, cada um com cinco gols. Há um desfecho lógico e previsível para o campeonato. Apesar do nivelamento que permite surpresas, é elogiável a postura ofensiva dos esquemas táticos, uma tradição do nosso futebol.

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