Por pedro.logato


Rio - Não é só a tal confusão tão lembrada por Vanderlei Luxemburgo, preocupado com o rebaixamento, o único problema. O Flamengo tem uma administração aparentemente séria, cujo maior objetivo é sanear as finanças do clube. Mas, até agora, o fluxo de caixa continua confuso, se recorre a empréstimos bancários e parece ainda longe o dia de conseguir investir em um time à altura da grandeza da torcida.

Por isso, toda vez que Vanderlei relega a Copa do Brasil a um segundo plano e coloca o clube como fugitivo da degola, há uma sensação ruim para a torcida e até para quem acompanha o futebol em geral. Se, por um lado, o treinador está certo em privilegiar uma posição segura no Brasileiro, poderá, na Copa do Brasil, com cinco jogos até o fim, tentar uma conquista. Com o nivelamento geral, só o Cruzeiro, em possível final, assusta e vale a pena arriscar. Dá para segurar a barra em duas frentes. Hoje, no Brasileiro, parada dura contra um clube apenas um ponto acima — o vencedor terá boa folga para sair da ‘confusão’. As ausências de Cáceres e Wallace pesam, mas Eduardo da Silva de saída pode ajudar. O Figueirense, em casa, é bem complicado.

Flamengo vive momento conturbadoMárcio Mercante

DESÂNIMO GERAL

Se a arquibancada do Maracanã, nos últimos jogos do Botafogo, tem estado vazias por razões óbvias, não se deve esperar coisa melhor hoje. O time tem até se esforçado, mas, sem os jogadores afastados, ficou numa indigência de dar pena. O Palmeiras faz campanha bisonha, mas está em ascensão e pode conseguir o mínimo de pontos necessários. Exibe até o vice-artilheiro, Henrique. Os alvinegros têm que rezar. O time é ruim e o ataque, inexistente. E Carlos Alberto pode voltar.

COM RAZÃO

Bolívar é considerado jogador de temperamento forte, espécie de líder negativo porque, no Brasil, há ideia equivocada sobre aqueles que reivindicam direitos e comandam protestos. No Botafogo, mesmo na fase final de carreira, ele foi bem e deu estabilidade à defesa. O seu empresário diz, com razão, que o Botafogo vai pagar, na Justiça, alta indenização e muitos atrasados. Enquanto isso, o reserva Dankler faz gol contra, comete pênaltis e não pula em cabeçadas de gol.

DOIS ÍDOLOS

O Vasco, que vive fase difícil dentro e fora de campo, vê os dois maiores ídolos de sua história em situação contrastante. O presidente Roberto Dinamite sofre pressões internas a pouco tempo de sair com prestígio abalado. Romário vem de votação consagradora para o Senado. Ainda se fala da possibilidade de o Baixinho, honrando a memória do pai, comandar o América para uma reação, mas a galera vascaína imagina se não seria melhor para Romário orientar a nau vascaína.

NA RETA FINAL

Quem puder não deve perder os jogos no Mundial de vôlei feminino. O Brasil tem ótimas chances de fazer esquecer o desastre da perda da Copa. Vôlei não é futebol, mas já tem grande público. Hoje, contra a China, somos favoritos, mas as chinesas, mesmo em fase de renovação, são perigosas, com estilo veloz e traiçoeiro. A vitória praticamente garante o time de José Roberto Guimarães na semifinal, pois o outro jogo é contra o azarão República Dominicana.

ALÉM DE NEYMAR, EXPECTATIVA POR ROBINHO E KAKÁ

O amistoso entre Brasil e Argentina, sábado, tem luz própria pela intensa rivalidade e porque os vice-campeões mundiais vêm de vitória sobre os campeões. Além disso, traz, entre vários craques, o melhor de todos: Messi. Mas o jogo atrai também para se conferir o caminho escolhido por Dunga, que tenta a renovação convocando veteranos. Kaká e Robinho podem até não dar certo, mas ainda chamam a atenção porque são atrações internacionais. O problema é saber se ainda serão úteis. Eles podem dividir a pressão com o nosso solitário craque Neymar.

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