Por bernardo.argento

Rio - A maioria dos clubes brasileiros não tem a capacidade de disputar duas competições ao mesmo tempo em bom nível e isso afeta até os que têm elencos melhores como o Cruzeiro. Não seria o Flamengo, com o seu grupo limitado, que iria quebrar essa rotina. Então, ocorre dupla ação seletiva. Com a zona da confusão mais distante, a ideia é somar pontos no Brasileiro para se segurar em faixa intermediária e focar na Copa do Brasil, que virou prioridade desde a eliminação do Coritiba.

Por isso, o Flamengo que se viu na Arena da Baixada só pareceu motivado em parte da etapa inicial com o esforço de Everton, mas acabou comprometido pelas falhas da defesa, especialmente de Marcelo. A virada do Atlético-PR acabou sendo irreversível e inapelável. O time começou a mostrar que sente a falta de Wallace e também de Alecsandro e, para piorar, Léo Moura teve atuação apagada. Ninguém entendeu também a barração de Samir por Marcelo. O Flamengo de ontem nada tem a ver com o da Copa do Brasil, na qual estão as chances de terminar o ano muito bem.

Flamengo perdeu para o Atlético-PR por 2 a 1 Gazeta do Povo

Sem saída

O Botafogo luta, corre, se esforça, mas tudo parece inútil porque o time é essencialmente medíocre, a pressão emocional cresce, e em lances pontuais, as falhas comprometem, como no gol do Sport. Em uma bola que provavelmente seria dominada por Bolívar, Dankler se enrolou e Diego Souza marcou. Emerson e Edílson também fazem falta e, com eles, o time abria uma mínima esperança que o time de Maurício não garante. O empate foi um péssimo resultado.

Assim não dá

Poucos duvidam que o Vasco continuará até o fim no G-4 da Série B e voltará à Série A. Mas isso não satisfaz plenamente à torcida. O time até se reforçou, mas a instabilidade não para. E, quando se pensa que as coisas vão se acertar, há a recaída e a equipe esfria. Douglas esteve no seu dia de omissão e o time parecia jogar para o empate. A entrada de Maxi Rodríguez melhorou um pouco o Vasco na fase final, mas não foi suficiente para impedir a justa vitória do Santa. Uma lástima..

Sem convencer

O Flu fez quatro gols, venceu, como todos esperavam, o fraco Criciúma, mas não agradou à sua torcida porque a atuação foi fraca e desequilibrada, salva por lances esporádicos no segundo tempo. Mesmo assim, houve sofrimento e a partida só foi liquidada a seis minutos do fim. Walter voltou a ter atuação irregular e Fred mostrou oportunismo, mas sem o brilho de outros tempos. O Flu anda em uma fase opaca, dando a impressão de não ter força para chegar ao G-4 do Brasileiro.

A diferença

Diego Tardelli é o grande jogador brasileiro em atividade no país e tem mostrado que Dunga acertou ao convocá-lo. No Galo, é o responsável pela excelente fase. Ninguém é tão bom quanto ele na função de falso centroavante, com um estilo ágil e moderno. A dúvida é saber se poderá manter essa forma por algum tempo, até pensando na Seleção. No sábado, contra a Chapecoense, no meio de muita correria, Tardelli e Dátolo é que davam à bola um tratamento diferenciado

Pequenos do Rio longe da Série B do Brasileirão

Há muito tempo os pequenos do Rio tentam avançar nacionalmente. Se a Série A é um delírio, a B tem se aproximado, mas ainda é difícil. Neste ano, Madureira e Macaé chegaram às quartas, o que significaria que a vaga às semis já garantiria o acesso. Mas complicou. No primeiro jogo, no Rio, o Madureira perdeu para o CRB por 2 a 1 e o Macaé ficou no 0 a 0 em casa com o Fortaleza. Reflexo da crise no futebol do Rio e de uma federação cujo presidente só pensa em se eternizar no cargo.

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