Rio - Pode até parecer, à primeira vista, uma crítica aos critérios de Dunga. Mas não é isso. Ele foi correto em liberar os jogadores que se envolvem em duelos decisivos no Brasileiro e, ao mesmo tempo, procura dar chance a quem tem se destacado na Europa, mesmo sem prestígio. Isso sem deixar de manter a base anterior que, apesar do trauma da Copa, não poderia ser enterrada da noite para o dia. Firmino e Casemiro ainda são uma espécie de ‘corpos estranhos’, mas vamos dar um crédito de confiança a eles e a Dunga. As lembranças de Lucas (foto) e de Luiz Adriano, que vêm de show na Liga dos Campeões, foram justas e baseadas na meritocracia. Até aqui, vamos nos recuperando lentamente do pesadelo dos 7 a 1, embora os próximos adversários, Turquia e Áustria, pouco signifiquem.
O SUICÍDIO
O Botafogo, com o elenco inicial e salários em dia, terminaria o Brasileiro em uma zona intermediária.No caos financeiro, estaria, intacto, brigando para não cair. Mas, depois da crise de Maurício Assumpção e das demissões, a queda é uma quase certeza que só será contornada por milagre. O time atual, mix de cabeças de bagre e garotos imaturos, não segura a barra.
ATÉ JOEL SE PERDEU
Joel Santana entrou à última hora, é o menos culpado pela fraca campanha do Vasco na Série B. Mas como o técnico anterior, também sofre com a convulsão da política interna, com salários atrasados e com um elenco irregular em que nem os destaques se encaixam. É um Botafogo melhorado, em uma turma mais fraca. Como vai ser na Série A?
DÁ PARA O GASTO
O Flamengo irá revezar titulares e reservas nos próximos jogos do Brasileiro e pode se dar bem, porque um dos segredos de Vanderlei foi valorizar o elenco — usou 20 jogadores com constância na recuperação do time. É uma pena que Wallace e Alecsandro fiquem fora. Com qualquer time, o Fla vai assustar os adversários e o Botafogo pode ser a primeira vítima.
CINEMA DE PRIMEIRA
Os cinéfilos vibram essa semana com o lançamento de ‘Relatos selvagens’, de Damián Szifró, filme argentino em episódios com a presença fulgurante do grande Ricardo Darín, uma crítica amarga,na base do humor negro, ao caos da vida contemporânea.Além dele, vale conferir a cinebiografia do genial Cantinflas e o francês ‘Por uma mulher’.