Por pedro.logato


Rio - Agora não tem mais conversa. A Unimed não investe mais um centavo no Fluminense e vai apenas honrar compromissos já assumidos. Se Peter Siemsen andou anunciando que o clube já está preparado para uma nova realidade, com um esquema forte para o futebol, só resta esperar. Termina uma parceria que ajudou muito os tricolores, e que talvez tenha irritado os clientes da empresa pelo volume do patrocínio e que poderia até ter conquistado mais títulos se houvesse um pouco mais de organização interna, sem vaidades, privilégios e tratamento diferenciado. O saldo, no entanto, foi bom nestes 15 anos, embora deixe em aberto imenso desafio sobre a sobrevivência do Fluminense sem uma bengala poderosa. Mas essa era uma possibilidade real que não chegou a surpreender.

Fluminense vive momento de reestruturação Carlos Moraes / Agência O Dia

ALERTA GERAL

A saída de cena da Unimed deixa um ponto de interrogação sobre o futuro de medalhões, como Cavalieri, Fred e Conca. Chama a atenção a grave crise do futebol do Rio, com clubes sem estrutura, carência de centros de treinamento, dentro de realidade caótica. E ainda lembra a própria crise econômica do Brasil, que vai encarar um 2015 muito complicado.

NÃO DAVA MESMO
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Houve quem acreditasse que Vagner Mancini poderia seguir no Botafogo porque é um técnico baratinho, segurou a barra e foi o menos culpado de todos pela queda. Mas não dava. Era hora de limpeza geral para criar nova imagem do futebol. Além disso, ele não foi capaz de montar esquema competitivo, de acordo com as possibilidades do time.
ESTADUAIS RUINS
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Os estaduais só terão a vantagem de permitir pré-temporada maior. De resto, os equívocos de sempre. No Rio, a Taça GB foi minimizada, há o quadrangular decisivo após 15 rodadas e só. Em São Paulo, clubes divididos em grupos sem jogar entre si para formar no fim mata-matas em jogo único. Tudo confuso, espécie de aula de como desmotivar o torcedor e não ganhar dinheiro.
SEM HERÓIS
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A briguinha entre Uefa e Fifa já rola há algum tempo e, na prática, Platini e Blatter já romperam. O ex-craque francês tem razão quando aponta erros da Fifa e lembra sérios problemas éticos que geraram enormes escândalos. O fim de Blatter está na mira, mas Platini não convence ninguém de que poderá ser o arauto da moralidade. Tá feia a coisa.
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