Por edsel.britto
Rio - A polêmica entre a dupla Fla-Flu e a Ferj ganhou mais um capítulo na noite deste sábado. Em nota oficial em seu site, a entidade para responder às acusações feitas pelo Flamengo após a tumultuada reunião do Conselhor Arbitral na sexta-feira, além de referir-se à posição tomada pelo Fluminense.
Na nota, assinada pelo presidente Rubens Lopes, a Ferj acusa o Flamengo de transformar o que seria uma "iniciativa benéfica" - o tabelamento dos preços de ingressos e adoção de meia-entrada universal - em um "jogo de poder", supostamente aproveitando-se da sua influência junto à torcida e mídia para tal.
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A federação também criticou a diretoria do Fluminense, que comparou a atual administração do futebol do estado a uma ditadura em outra nota oficial divulgada na última terça-feira. A Ferj classifica a declaração como uma ofensa àqueles que "pereceram na luta pelo fim da ditadura em nosso País" e termina chamando de "lamentável" a postura dos clubes.
Confira a nota na íntegra:
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"A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro vem a público manifestar-se a respeito da nota oficial publicada pelo Conselho Diretor do Flamengo, onde finalmente fica claro o real objetivo da sua atual administração que, utilizando-se do grande prestígio e da credibilidade da instituição Flamengo, transforma uma iniciativa benéfica para todos os torcedores cariocas em um jogo político e de poder, sem se preocupar com os malefícios ao futebol como um todo.
A atual administração do Flamengo utiliza-se da mídia para incitar a torcida contra decisão legítima, estabelecida em processo democrático do qual sempre participou acatando suas decisões, em grande parte, benéficas ao próprio Flamengo.
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Busca essa administração, na pessoa de seu Presidente Eduardo Bandeira de Mello, através da importância e da repercussão de tudo que envolve a instituição Flamengo, tanto pela sua gloriosa história quanto pelo sua imensa torcida, induzir a erro a sociedade, posicionando-se como vítima quando na verdade lidera um movimento antidemocrático, contrário aos interesses do público, já que objetiva impedir a redução de preços e restringir o acesso do torcedor aos estádios durante o Campeonato Carioca, um campeonato de cunho popular.
Com inverdades e manipulação de fatos imputa esta decisão a uma pretensa “ditadura” da FFERJ, quando na verdade a decisão partiu de um sistema democrático que envolve todos os clubes objetivando, exclusivamente, trazer de volta o torcedor aos estádios.
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A Federação de Futebol do Rio de Janeiro repudia veementemente todo o conteúdo da nota expedida pelo Conselho Diretor do Flamengo, teor este ofensivo ao seu Presidente, Rubens Lopes da Costa Filho, o qual vem sendo, insistentemente, o alvo de Fluminense e Flamengo por uma decisão tomada exclusivamente pelos clubes.
Tornar a pessoa do Presidente da FFERJ o alvo dessa discussão demonstra o verdadeiro objetivo das atuais administrações de Flamengo e Fluminense: utilizar-se do peso das instituições que representam em prol da ganância e sede de poder, nem que para isso tenham que prejudicar o Futebol Carioca como um todo.
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A História nos mostra que uma inverdade propagada exaustivamente se torna verdade para aqueles que não têm acesso aos fatos reais ou não consideram as entrelinhas.
A mentira, o complô, a distorção, a intriga e a ofensa ao homem de bem são as armas dos ímpios quando buscam concretizar seus planos de poder a qualquer custo, porém, a defesa da honra, é uma prerrogativa que será exercida por esta Instituição e seu Presidente, utilizando-se de todas as instâncias legais necessárias, já que nunca nos acovardamos com intimidações, ameaças ou ataques de quem quer que seja.
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O Clube de Regatas do Flamengo e o Fluminense Futebol Club, assim como seus torcedores, não são instituições do futebol carioca, mas sim instituições nacionais muito maiores que suas atuais administrações.
A Federação de Futebol do Rio de Janeiro sempre se posicionou pelo diálogo entre Flamengo, Fluminense e demais clubes, já que também não tem o poder de impor outra medida diferente daquela decidida democraticamente, porém, desde o princípio, tanto Flamengo e Fluminense, através de notas à imprensa, deixaram claro sua posição de atacar a Federação e a pessoa de seu Presidente, imputando-lhe uma culpa que não lhe cabe.
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Nem o respeito por aqueles que pereceram na luta pelo fim da ditadura em nosso País impediu a direção do Fluminense de covardemente ofender as suas memórias, comparando a decisão dos clubes quanto a um campeonato de futebol, com um dos períodos mais negros de nossa história.
A lamentável atitude das atuais administrações de Flamengo e Fluminense não condiz com a gloriosa história das instituições que representam, e é em respeito a esta história que a FFERJ, através de seu Presidente Rubens Lopes da Costa Filho, continua aberta ao diálogo e a promover iniciativas que possam, novamente, trazer a paz ao futebol do nosso Estado."