Por bernardo.argento

Rio - Esse é o tipo do jogo bom para excelente comparecimento da torcida tricolor no Maracanã. É o reencontro com o conforto do estádio mais tradicional, o time vem de boa recuperação, será a chance de observar jogadores como Vinícius e Marlone, Fred voltou a se destacar e, se tudo isso não for suficiente, ainda há o melhor horário do futebol: cinco da tarde. Só mesmo se houver um temporal para atrapalhar, mas como é sempre prometido e nunca cai, vamos ao futebol.

O Fluminense parece se livrar com certa desenvoltura da sombra de Conca, embora os pequenos do Rio ajudem muito. Mas, como o elenco sempre foi numeroso e de boa qualidade, as coisas não ficaram dramáticas. O Flu enfrenta o Bangu, melhor pequeno até agora, em quarto lugar, mas dificilmente haverá resistência em um palco tão propício ao melhor futebol, ainda mais com a galera ajudando. Nesse novo Flu, a torcida conta com a segurança de Cavalieri, a alta qualidade de Jean, o oportunismo de Fred e mesmo o desfalque de Wagner pode ser compensado pelo entusiasmo dos garotos.

Os trapalhões

Errar é humano, principalmente na arbitragem difícil do futebol, mas o que aconteceu no jogo do Botafogo em Volta Redonda passou dos limites. Os bandeirinhas Regazone e Wendel pareciam distraídos e não estavam nem aí para o seu trabalho. Anular o que seria o terceiro gol do Botafogo foi um brutal absurdo. Eles deveriam mudar de profissão e parar de atrapalhar o futebol que, por si só, já tem suficientes problemas. Foram afastados pela federação, mas e daí?

Sol com peneira

O Ministério Público é importante, acerta em muitas coisas, mas às vezes exagera. Essa de interferir no futebol exigindo que os clássicos paulistas tenham uma torcida só não faz sentido. Mais triste do que uma galera solitária só arquibancadas vazias. A alma do futebol está na rivalidade das torcidas. O Corinthians de Tite tem razão no seu recurso e a obrigação das autoridades é organizar esquema que contenha a minoria que vai tumultuar, dentro e nas cercanias do estádio.

Retorno digno

Se não chegou a fazer partida brilhante, o Botafogo cumpriu o dever de casa na volta ao agora ‘Estádio Nilton Santos’ e goleou o fraco Bonsucesso. Tudo foi facilitado pelo gol logo aos 10 minutos e o time soube se impor na velocidade, com destaque para Diego Jardel e Rodrigo Pimpão. A defesa ainda preocupa, deu sustos e é o setor mais vulnerável nessa fase de transição. O Botafogo evolui, tem time razoável, com claras limitações, mas já está bem melhor do que no ano passado.

A reconstrução

O técnico Doriva vai aproveitar o jogo aparentemente fácil contra o Tigres para observar dois jogadores que merecem atenção especial no Vasco. Um deles parece ser mais solução do que problema, Bernardo, que está sendo tratado, de novo, como uma joia a ser lapidada. Ele melhorou este ano, fez gols, mas continua acendendo e apagando durante o jogo. Outro caso é o de Rafael Silva,que ainda não jogou nada. Parece esquentar posição para a volta de outra promessa: Thalles.

O bom Vanderlei Luxemburgo está ficando meio chato

Vanderlei é bom treinador e o seu currículo fala pelo seu trabalho, mas, nos últimos tempos, passou a ser muito teimoso e chato, mesmo com razão. Aquela história da ‘confusão’ no Campeonato Brasileiro durou meses e ninguém aguentava mais. Agora é esse papo sobre centroavante que não existe mais para justificar Marcelo Cirino jogando à frente. E ele até desqualifica os interlocutores. Nada é tão definitivo e tão congelado no futebol. Não há verdades absolutas no mundo da bola.

Você pode gostar