Por bernardo.argento

Rio - Não foi fácil, mas o Fluminense acabou mantendo 100% de aproveitamento graças ao talento do artilheiro Fred, à qualidade do garoto Robert e também a mais um erro da arbitragem, que invalidou , gol legal do Bangu. A partida foi até equilibrada na maior parte do tempo, embora o Fluminense criasse muito mais e só não chegasse a uma vitória tranquila porque o goleiro Márcio teve atuação soberba. Dessa forma, não deixou de haver justiça na vitória do Flu, mas o time esteve abaixo do seu potencial. Repetiram-se hesitações na zaga, Vinícius e Marlone mantiveram o nível anterior e só Jean voltou a emplacar uma boa atuação, inclusive com belo passe para o gol d a vitória de Robert.

A registrar na partida o empolgante duelo entre Fred e Márcio, com defesas sensacionais e um golaço do artilheiro. Lucas Gomes foi de novo um fiasco e a entrada de Robert acabou sendo decisiva. E, por fim, a arbitragem carioca, mais uma vez, interferiu no resultado e pagou vexame com um erro absurdo no lance do gol de Luís Felipe, de fácil interpretação.

Vitória tímida

O Flamengo derrotou o Resende sem convencer muito, enrolado na excelente marcação do adversário. Salvou-se pela clara superioridade e pelas mexidas do técnico Vanderlei Luxemburgo, principalmente a entrada de Alecsandro na fase final. Mas o time se ressente de maior força de penetração no ataque e vacila na defesa. Vanderlei continua forçando a barra na escalação e está na cara que Alecsandro tem que ser titular no lugar do instável Nixon.

Os garotos

Após perder tantas revelações — como Dória, Vitinho e Gabriel —, o Botafogo tenta manter a sequência de boas descobertas e tem no momento dois nomes em foco em situações distintas. Um deles, Gegê, apareceu bem no ano passado e esperava-se que se firmasse. Não aconteceu e se perde na mesmice e na lentidão. Já Fernandes, com pouco tempo em campo, está emplacando, até fazendo gols e é quase titular. Esse futebol da base é o melhor caminho para o novo Botafogo.

Tumulto anunciado

Não foi fácil para o torcedor comum prestigiar o futebol paulista e o clássico Corinthians e Palmeiras acabou criando clima de tensão e intimidações. Antes do jogo, tumulto e ameaças refletindo o que existe no país inteiro no futebol — a percepção equivocada de que o adversário é inimigo e não apenas um oponente esportivo. Com muitos reservas e pouca torcida, em outra distorção do que seria natural, o Corinthians venceu. Mas certamente o futebol brasileiro continua perdendo.

Um fiasco

Não há como negar: a seleção brasileira sub-20 foi um fiasco no Uruguai e fechou da pior forma possível a competição, levando um chocolate de 3 a 0 da Colômbia. Não adianta Gallo fazer pouco do Sul-Americano ou desfilar desculpas esfarrapadas. Os melhores jogadores foram irregulares e sumiram nos momentos decisivos, casos de Kenedy, Thalles e até o melhorzinho, Gérson. Yuri Mamute é brincadeira e a defesa jamais se firmou, só com chutões para todos os lados.

Até o Vôlei de praia continua em alto astral

Foi até surpreendente a vitória da dupla de vôlei de praia Fernanda Berti e Taiana sobre a experiente e premiada dupla Larissa e Talita no Circuito BB. O resultado precisa ser saudado porque significa que há renovação no vôlei de praia, assim como nas quadras, e tudo resiste a um período nebuloso de denúncias de corrupção que abalaram os alicerces do esporte. Foram 61 partidas invictas das derrotadas, mas um dia tinha que acontecer e, na verdade, é positivo porque confirma equilíbrio e mais qualidade. Todo o mundo sai ganhando.

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